*P.o.v Patrícia*
Que mulher era aquela? Bruna provocava em qualquer humana uma inveja. O caso dela era complexo, envolvia o testamento do então marido morto por insuficiência respiratória, o velho, sem menosprezar dos mesmos, até porque eu tenho um grande respeito, era dono de uma multinacional e uma empresa que não me atentei a saber o nome, a briga era com os filhos do antigo casamento do senhor, além destes os parentes próximos.
- Ok senhora... - Disse Alice ao escutar todo o caso.
- Ah não, me chame de senhorita por favor. - Disse ela toda simpática.
- Ah, como desejar. Bem, podemos entrar com uma ação e pedir para que o valor final de todo esse capital seja aumentado, pelo o que entendi, a senhor... Senhorita passou os últimos anos com senhor Eduardo - Lhe explicou em autos.
- Exatamente, perfeito Alice - Disse a moça em concordância.
Era interessante vê a Alice atuando, eu a admirava por tão nova ser tão conceitual em sua área. Eram 22 anos apenas meu Deus! Tudo corria bem com a Bruna até uma certa frase me chamar atenção mais do que devia. Era paranoia minha ou aquela mulher estava flertando com a Alice? Minha cru... Quer dizer, minha chefe.
- Então senhorita Alice, conheço seus pais. Os Rubem possuem meu respeito pela sua história na cidade de São Carlos. Você é muito linda por sinal e talentosa é claro - Sorriu com todos aqueles dentes brancos e alinhados.
- É, obrigada senhorita Bruna. - Disse a Alice visivelmente corada.
- Ok, mais alguma coisa Bruna? - Eu disse em tom acusatório demais ao meu estado.
- Ah e quem é você garotinha? Não me é familiar em nada - Me olhou de cima a baixo.
- Patrícia Marques, prazer - Estendi a mão em cumprimento, porém ela não a apertou, que vadia.
- O que é Marques? Donos de alguma empresa de advogados também? - Questionou a Alice.
- Vocês ricos são uma merda ambulante, na moral, pergunte a mim senhora - Esbravejei.
- Então, Patrícia pode pegar uns papéis pra mim lá em baixo? Procure a Raphaela, eu agradeço - Alice se intrometeu.
A Alice me expulsou da sala? Era isso mesmo? Que vadia desgraçada.
- Vou pegar seus papéis sim, com licença senhora Alice! - Com certeza ela notou a alteração em minha voz.
Passei pela secretária em passos pesados.
*P.o.v Alice*
Agora eu tinha uma garota com raiva de mim e uma senhorita muito bonita, por sinal me elogiando. Entendam, a Patrícia era explosiva e soltou uma frase nada convencional a minha cliente, era pedir pra sair educadamente ou esperar um show de insultos. Como promessa de que casos assim não iriam se repetir, disse que a Patrícia não me acompanharia no caso, além disto, aceitei a proposta de um almoço com a Bruna. Eu estou me enforcando, mas não é por mal. Depois que a Bruna saiu do meu escritório, fui atrás da Patrícia e engano meu que ela estaria no prédio, um dos funcionários mencionou que a mesma saiu com uma cara nada boa.
- Fodeu então - Disse para mim mesma.
Seria ciúmes ou seria o caso de eu ter pedido para que ela saísse?
Liguei várias vezes para a mesma e claro, não obtive sucesso. Deixem uma mensagem então.
Msg on:
Alice: Ei, desculpas vai!
Ok, eu era uma trouxa por ela. Ela que tinha falado coisas desnecessárias, eu não tinha obrigação de ir pedir desculpas e nem ir atrás. Era perda tempo. O problema é que entre pensar e ser tem uma grande diferença.
As horas se passaram e assim a tarde se despediu, nada dela aparecer e eu não iria atrás, não mesmo.
Recebi outros casos que cuidei em passar para a Clara, ela era uma de minhas advogadas mais competentes e uma grande amiga.
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RomancePatrícia Marques, moradora do lado mais pobre da cidade de São Carlos, com grande histórico de processos por pequenos delitos tem em sua vida um encontro com Alice Rubem, advogada conceitual e de família rica, o que nunca foi motivo para ela ser ego...