*P.o.v Patrícia*
Hoje era o dia de irmos ao shopping, eu estava me perguntando quando virei tão burguesa assim. Alice era capaz de me dar um carro se eu pedisse, não que eu o faria. Iríamos a um que fica no lado norte, um que eu só conseguiria pagar o sorvete. Era por volta das 8 horas da manhã, estava eu novamente na luta para achar alguma roupa descente, que não fosse um blusão ou uma blusa de banda. A Alice estava virando minha motorista já, a mesma se ofereceu para me pegar às 8:30. Depois de muito tira tira, escolhi uma calça jeans, um tênis branco e é claro, uma blusa de banda! Era a BANDA! Nirvana cara.
- Filha, a Alice chegou - Disse meu pai.
"Porra, nem tomei café"
- Já vou pai, pede para ela entrar - Pedi para meu velho.
*P.o.v Alice*
Cheguei mais cedo do que o combinado, não gostava muito de me atrasar em nada. E como esperado, a Patrícia ainda estava se arrumando. Hoje seria um dia bem cheio, estava pensando em renovar as roupas da Patrícia, não que ela tinha mal gosto, porém na empresa é bom ter todo um padrão de roupa. Eu amava as camisas sociais e ternos, nos dias quentes uma camisa de tecido leve, não muito e escandaloso mas sim um com cores básicas de verde claro e pele.
Esperei mais uns 10 minutos.- Ah, oi Alice! - Disse a quase dona do meu coração.
- Oi Patrícia, está pronta? - A lancei um sorriso.
- Eu ainda não tomei café e eu estou com fome, pode me esperar mais um pouquinho? - Pediu gentilmente, para mim isso era muito estranho mas eu gostava dela leve.
- Que tal tomarmos café em algum canto? Eu posso ligar para a Clara e dizer que vamos chegar um pouco atrasadas - Sugeri e ela aceitou.
"Eu, eu me atrasando por causa de uma garota?"
- Eu agradeço demais. - Disse gentil.
Saímos da casa dela e encontramos uma cafeteria. Ela pediu um capuccino e alguns pães pequenos. Ela comeu tudo no carro mesmo, parecia que ela amava comer, terminou tudo em poucos minutos e eu não percebi. Eu que lute não é mesmo?
Chegamos ao Shopping Palace e procuramos uma vaga no estacionamento, demoramos cerca de 20 minutos até encontrar uma vaga. Ficamos no último andar, poxa, para subir ali era chato.- Até que enfim né? - Disse a Patrícia.
- Sim, até que enfim. Vamos? - Já estava abrindo a porta do carro.
- Espera - Me puxou pelo o braço.
O que veio após a essa palavra foi simplesmente maravilhoso e inesperado, ela me deu um selinho, socorro, ela me beijou! Desde do começo achei que eu iria investir, que eu iria atrás mas não, ela também queria. Eu só poderia agradecer, essa garota estava me causando bons sentimentos. E eu estava muito afim de cuidar dela, de poder estar com ela em mais momentos mas eu teria calma, afinal, estamos falando de Patrícia Marques não é mesmo?
- Isso foi bom, pode repetir mais vezes. Eu deixo - Deixei o aviso.
- É boa a sensação, mentir pra que? Agora vamos, vamos ser burguesas por aí. - Disse ela rindo.
Saímos a procura da Bia e da Clara, quando a encontramos elas estavam em uma loja de... ANIMES? CARA QUE MARAVILHOSO, ERA UMA LOJA DE ANIMES. Gente entendam, este shopping não era nada parecido com aqueles que vamos, ele era extremamente conceito, era composto apenas de restaurantes, lojas de roupas de grife, perfumarias internacionais e sorveterias artesanais. Uma loja de anime naquele meio era estranho porém maravilhoso.
- Oi meninas, cara, que loja é essa? - Cheguei em animação
- Eu estou amando, já comprei algumas coisas de Dragon Ball - Disse a Clara com umas canecas e bonecos na mão.
- Bem e eu comprei do Naruto, olhem só como essa blusa é incrível! E esse Manto Akatsuki! - A Bia era uma fã de Naruto, vivia brigando com o pessoal dizendo que o anime era melhor que Dbz.
- E você Patrícia? Gosta de algum anime? - Disse a Bia perguntando .
- Eu amo o Naruto, tenho blusão e camisas - Revelou, o que deixava tudo aquilo mais divertido.
- Cara, bate aqui. Sabia que você tinha bom gosto. Só não pra mulher, a Alice é uma lástima - Cutucou Bia em sua costumeira forma de ser.
- Cala a boca Beatriz - Ela tinha que soltar isso sobre minha pessoa? Poxa.
- Ah não Bia, ela é fofinha vai - Me defendeu e eu fiquei impressionada, era o progresso.
- Chega dessa conversa, Patrícia, quer alguma coisa da loja? - A perguntei pois vi o quanto os olhos dela estavam brilhando.
- Não, eu estou aqui pra comprar uma roupa descente, foco! - Recusou.
Saímos da loja de anime e fomos para umas das lojas de roupa, entramos em uma bastante interessante, já tinha ficado maluca em uns 3 modelos dali.
Cada uma pegou um modelo e foi aos vestuários, eu estava caminhando para o meu quando a Patrícia pede a minha ajuda. Entrei e me arrependi no mesmo instante, ela estava apenas de sutiã. Engoli em seco e a ajudei. Ótimo, não morri.Depois de meia hora todas já estavam com sacolas nas mãos. Eu saí e corri para a loja de animes. Queria fazer algo pela gangstar.
"Acho que a Patrícia vai gostar dessas lembrancinhas."
A moça me olhava atenta, era bastante coisa que eu tinha comprado. Sou exagerada com quem gosto as vezes.
- 435 reais senhora - Disse a moça jovem de cabelo rosa, que contraste senhor.
"EITA, eu gastei muito?"
- Ok, cartão - A passei o plástico da felicidade.
Finalizei a compra e fui esperar as Marias fora da loja.
- Mana que tanto de coisa essa? - Disse a Clara.
- Esse daqui é seu Clara, esse daqui é seu Bia - As entreguei umas coisas que havia comprado para ambas também.
- Obrigada - Disseram em um coro.
- Tá mas e esse resto aí? - Disse a Bia.
- Esses são da Patrícia, pegue, espero que goste - A entreguei as sacolas.
- Mano, isso deve ter custado o olho da minha cara. O que tem aqui... Ah meu Deus, você comprou a coleção de bonecos do Naruto! Obrigada, obrigada Alice - Me deu um abraço em seguida e um beijo na bochecha.
- Casal 10 barra 10, quero ser a madrinha e comer bastante no casamento e é claro, não vou dar presentes - Brincou a idiota novamente, eu amava o jeito espontâneo da Bia.
- Ah, calada Beatriz e de nada Patrícia! - Pisquei o olho para ela.
Saímos da parte das lojas e fomos procurar um restaurante, era interessante como era a disposição dos locais naquele lugar. Com muita sutileza a frente de cada restaurante indicava o país a quem ele pertencia. Escolhemos o restaurante brasileiro mesmo, nossa comida sempre foi a mais divina. Eu pedi feijoada, arroz branco e frango grelhado e a salada normal de cada dia. Me acompanhou no pedido a Bia. A Clara pediu camarão e o resto do acompanhamento e a Patrícia pediu carne de charque, vinha com outros adicionais ao seu pedido.
Todas nós comemos, aquele local era muito bom e a comida era divina, me pergunto se não era uma boa fazer um tour pelo o Brasil, férias são sempre bem vindas afinal.
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RomancePatrícia Marques, moradora do lado mais pobre da cidade de São Carlos, com grande histórico de processos por pequenos delitos tem em sua vida um encontro com Alice Rubem, advogada conceitual e de família rica, o que nunca foi motivo para ela ser ego...