2 semanas após...
*Pov Alice*
Poderia ser cômico se não fosse trágico, desde do julgamento da Patrícia Marques, eu estava procurando a mesma nas redes sociais. Realmente me preocupou o caso deles.
Estava sentada no meu escritório quando recebo a visita ilustre da minha amiga. Beatriz era uma procuradora no auge dos seus 25 anos, sempre bem maluca, imaginar a Bia era imaginar duas ou mais formas de viver ou de pensar.- Eai sua vadia! - Disse ela em seu tom brincalhão de sempre.
- Oi Bia, nunca séria não é mesmo sua palhaça de quinta? - Disse também entrando na brincadeira.
- A vida é muito chata Lice, preciso de humor para tudo, senão me afogo - Se sentou no sofá da sala.
- Errada você não está - Concordei.
- Ei, achou a menina lá? A que você com certeza quer pegar - Soltou com a maior naturalidade do mundo, eu devo ter falado demais para ela chegar a essa conclusão errada.
- Espera! O que? Não caramba, eu só estou preocupada, afinal os dois vão ter que pagar muito caro aos Mendes - Isso era um fato.
- Aham, sei! Eu não fico procurando que nem uma doida meus clientes para resolver problemas financeiros - Contestou, como uma boa procurado faria e ainda sendo minha amiga tinha a bonificação de me por na parede.
- Nada disso Bia, nada interesses e sim, bastante preocupação! - Terminei aquele assunto sem fundamentos.
Assim se foi minha tarde de trabalho, quando nós duas estávamos juntas era conversa para mais de horas e nenhum assunto com começo, meio e fim. Eu amava isso.
A noite eu iria para casa dos meus pais, dormiria lá, apesar de ter meu apartamento, estar no lá onde cresci era bom. Meus pais eram uns chatos e egocêntricos , estava lá pelos meus irmãos, Fernando e Daniela que tinham respectivamente 14 e 7 anos.PM: 6:35
- Mana, você veio! - Disse a pequena Daniela que estava na sala da grande mansão Rubem.
- Oi meu amor, eu prometi não é mesmo? - A abracei com toda a saudade que tinha.
Escuto passos se aproximando e percebo ser minha mãe.
- Ah, boa noite filha! - Disse com sua costumeira educação e semblante fechado.
- Oi mãe, onde o papai e Fernando estão? - Perguntei pois era os únicos faltantes.
- Eles daqui a pouco descem para jantarmos, vá ao seu quarto se preparar - Disse já saindo.
As 7 em ponto estávamos todos sentados na farta mesa.
- Joana, você não sabe o que me aconteceu hoje, rir horrores daquele empregado! - Disse meu pai.
- O que aconteceu homem? - Minha mãe franziu com a repentina história.
- Um entregador me pediu demissão e também implorou para que eu comprasse uma moto horrível que ele tinha, não consegui parar de rir - Falou como se fosse o próprio Deus, estava bem longe disso.
- O que tem de engraçado nisso? O homem deveria estar desesperado - Disse eu com certa raiva da atitude do meu pai.
- Olha, calma mocinha! Sou tão bom que comprei aquela porcaria. - Disse com desdenho do entregador.
- Quanto você pagou? - fiquei intrigada.
- 3 mil reais, era o máximo que aquilo lá merecia - Desdenhou novamente da situação de antigo funcionário.
Não aguentei ficar na presença deles, era chato e triste ter pais tão cheios de si. Eles se achavam donos do mundo por ter dinheiro.
Fui para o meu quarto, meu dia seguinte seria cheio.
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RomancePatrícia Marques, moradora do lado mais pobre da cidade de São Carlos, com grande histórico de processos por pequenos delitos tem em sua vida um encontro com Alice Rubem, advogada conceitual e de família rica, o que nunca foi motivo para ela ser ego...