VII

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*P.o.v Alice*

Estava próximo da casa dela, saídas cerca de uns 10 minutos. Ao longo do percurso não pude deixar de analisar aquela garota, muito linda, corpo maravilhoso e um volume atrás de dá inveja a qualquer ser existente na face da terra. A observava falar as condenadas de onde era a sua casa, bem, entendia algumas coisas pois minha atenção era tirada por aqueles lábios que por vezes pensei em ter junto ao meu. Não era certo pensar assim, isso tenho certeza.

- Alice... Alice?! Tá prestando atenção caralho? - Disse ela em tom bravo.

- Ah, sim sim. Ali acima, no ponto mais alto da ladeira certo? - Tentei lembrar de qualquer  coisa por ela dito. 

- Casa verde, portão preto. Estava voando, o que pensava? - Perguntou extremamente curiosa. 

- Trabalho - Disse eu tentando me desviar de qualquer assunto que envolva ela em meus pensamentos desde do maldito dia da audiência.

- Ah, descanse, está precisando - Disse ela e eu deduzi que ela acreditou. 

- Sim senhorita - Lhe lancei uma piscadela.

*P.o.v Patrícia*

Ela estava me secando, tenho certeza, quase que absoluta. Eu acho ela linda, muito educada e parece por créditos da Amanda ser gentil realmente. Faria amizade com "minha advogada" com certeza, mas não sei, ela me prende também e me chama muito a atenção, as blusas sociais lhe caem muito bem e o vale dos seus seios que ficam meio expostos pela a camisa sem os botões nos seus devidos cantos me deixam com uma pequena falta de ar e com uma curiosidade, mas até então, eu sou hétero.
Chegamos na frente da minha casa e nos despedimos ainda dentro do carro, quando eu vou abrir a porta do mesmo, ela pega em minha mão e um frio percorre todo o meu corpo. Que diabos de sensação estranha.

- É, antes de ir... Como estão as coisas para arrumar o dinheiro do processo? - Tentou falar de forma amena. talvez com medo de minha reação.

- Bem, estamos dando um jeito. Temos uma pequena quantia da moto que meu pai vendeu, ele saiu hoje cedo para arrumar trabalho e eu estou... estou tentando arrumar um trabalho também - Omiti minha brilhante ideia de vender entorpecentes.

- Ok, vocês deixaram expressamente que não queriam a minha ajuda financeira e eu respeito isso. Porém, preciso de uma estagiária no meu escritório que tenha meio período disponível, estaria interessada? Pago o valor todo corretamente - Lançou a proposta e é claro que duvidei.

- Tem certeza que isso não é mais uma de suas hipes gentilezas? - Questionei.

- Preciso realmente e bem, me pouparia sair fazendo edital, me ajude e eu te ajudo - Disse em prece.

- Ainda sou de menor, falarei com meu pai, por hora, está aceito riquinha - Lhe cutuquei como de costume.

- Mas que? Ainda me chama assim? - Falou com cara de decepção. 

- Sempre vou chamar, agora acho que o sentido mudou um pouco - Disse a última parte não me entendendo.

- Como assim? - Perguntou. 

- Não importa agora, preciso ir. Bem, obrigada pela oferta, falarei a minha resposta em breve - Falei confiante.

- Tudo bem. obrigada senhorita Patrícia por pensar e por conversar comigo sem ne xingar - Disse sinceridade.

Depois de dizer isso ela me deu um beijo na bochecha, eu iria corar violentamente na frente dela, o bom é que estávamos nos despedindo e ela não presenciou isso. Saí apressada do carro, visivelmente envergonhada, que ódio.

PM 21:34

Já era tarde e meu pai não havia chegado, resolvi vê a sacola das drogas que havia pegado no fornecedor, eu não deveria ter pego isso mas eu precisava de dinheiro e era minha única opção ou me prostituir e isso não era muito a minha vibe. Já era por volta das 22:00 horas quando meu pai finalmente chega.

- Ai Pai, onde você estava? - Falei da escada, ele estava na porta jogando seu casaco verde.

- Procurando um emprego Patrícia Marques, para pagar a sua dívida, para que você não vá presa. E eu estou cansado, vou tomar banho e dormir, com licença - Disse com uma cara fechada.

Foi-se ele subindo as escadas em passos pesados, ele estava na mistura de bravo com chateado e eu o entendia. Lembrei da oferta de emprego e não pensei duas vezes, fui atrás do nome do escritório da Alice pra confirmar a vaga.

"Escritório Asas da Justiça"

Liguei algumas vezes para lá e na minha terceira tentativa, obtive sucesso.

Ligação on

- Alô? Escritório Asas da Justiça.

- Alô, sou Patrícia Marques e preciso falar com Alice Rubem para uma vaga de estágio no escritório, a mesma me contatou.

- Não sabemos do que você está falando senhora Patrícia, a senhora Alice nada falou sobre.

- Como não? Ela me havia dito hoje pela tarde.

- Bem, não sabemos do que se trata então.

- Quero falar com ela por favor.

- Não podemos passar a linha para ela, somente por número particular e essa informação não podemos divulgar.

- Ah, vão se foder. Fazem a gente de palhaço, só pode.

Desliguei o telefone e fui para meu quarto, minha cabeça já não aguentava tanta coisa, precisava descansar. E descansar não era o que eu iria fazer aquela noite em especifico e que noite!

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