*P.o.v Alice*
Já era por volta das 22:50 da noite quando resolvo sair do escritório, por lá ainda estava minha secretária, estava fazendo hora extra naquele dia.
- Então Thaís, alguma ligação? - Perguntei a moça.
- Sim senhora, uma moça chamada Patrícia falou sobre uma tal vaga de estágio mas logo disse que nada existia a ser cogitado sobre mesmo - Disse normalmente.
- Ai meu Deus, Patrícia? O Eric não lhe falou sobre a vaga de estágio? Meu Deus, preciso falar com ela urgente. Provavelmente ela tá achando que inventei isso. Com licença Thaís, pode fechar o escritório.
- É... Sim senhora - Escutei baixo pois estava correndo.
Saí em disparado para fora daquele prédio, precisava urgentemente falar com ela, sabia do gene da moça e era forte demais pra aceitar qualquer papo. Como vou conseguir o número dela meu Deus?
Em uma sacada de gênio, lembrei que Amanda era amiga dela, fiz uma ligação e obtive sucesso.Ligação on
- Alô? Boa noite! Amanda?
- An, ah! Oi Alice, tudo bem?
- Sim sim, eu queria lhe pedir um favor.
- Ah, essa hora Alice? O que tá aprontando?
- Nada ué, só preciso do número da Patrícia, por favor.
- Hum, tá tá. Vou vê aqui e te passo por mensagem.
- Obrigada Manda.
- De nada Alice.
...Passado o número era a hora de ligar para a pequena fera. Liguei umas 5 vezes e nada dela, pensei em desistir de andar sem rumo pela cidade e ir para casa, era o mais sensato. Porém eu precisava vê aquela menina mais uma vez naquele dia, saí depressa para o lado sul. Chegando no alto da ladeira, vejo que minha ida era em vão, já estava tudo apagado e provavelmente ela estaria dormindo.
- Droga Alice, droga - Disse para mim mesma.
Desci aquela grande ladeira novamente sem esperanças de ver ela e eu sei que isso é um pouco de drama, mas vejam, a paixão é louca e cega a nossa visão. E eu acabo de afirmar que estou apaixonada, oh meu Deus.
*P.o.v Patrícia*
Havia saído de casa para vender os entorpecente, não era muito bom pegar a encomenda de um traficante e sumir com ela, eu deveria pensar outras vezes antes de agir no impulso, mas já estava feito, depois de vender tudo eu iria dizer que desisti da ideia e eu espero fielmente ser a última a chegar a vender.
Consegui vender alguns e já estava no ápice do cansaço, era mais ou menos 23:18 da noite. Realmente, aquela não era a noite que eu iria dormir. Passando por uma das vielas do bairro, vejo um carro familiar se aproximar, eu poderia imaginar tudo, menos que justo Alice Rubem estaria a essas horas neste lado da cidade.
O carro parou em minha frente e de dentro ela me chamou.- Hey, o que você faz por aqui? - Me perguntou.
- Eu estou tomando um ar riquinha, nada demais - Menti.
- Então o que uma garota de 17 anos está fazendo na rua a meia noite e com uma sacola estranha na mão? - Reformulou a pergunta.
"Porra, porra a sacola Patrícia! Como eu sou burra."
- Não interessa - Cortei.
- Certo, bem, eu queria pedir desculpas por horas atrás. Um de nossos funcionários não passou a informação para a secretaria sobre o estágio - Iniciou abrindo a porta do carro, eu adentrei, estava frio São Carlos.
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RomantizmPatrícia Marques, moradora do lado mais pobre da cidade de São Carlos, com grande histórico de processos por pequenos delitos tem em sua vida um encontro com Alice Rubem, advogada conceitual e de família rica, o que nunca foi motivo para ela ser ego...