2089 D.C parte 4

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Naquele momento, Desmond queria poder mover o Braço direito e desmembrar Dom, porém não conseguia por mais que tentasse não conseguia levantá—lo, Artorias o tinha avisado, as Chances de que a cirurgia desse certo eram muito pequenas, tão pequenas que só cinco pessoas teriam passado por uma cirurgia e sobrevivido, e mesmo que conseguissem só uma conseguiu mover o membro recém colocado.

— HAHA, isso vai dar assunto para o Reino falar— Jhonatham ria, enquanto aplaudia junto de Dom. 

Dom pegou um cabo de vassoura que tinha recebido de um homem da plateia e girou o Ferro fervente, a plateia continuou a vaiar Desmond, enquanto um dos cavaleiros se agachou e com sua adaga ameaçou cortar o saco do rapaz, ele ainda disse para Desmond ficar parado e não mijar, ou ele iria enfiar a adaga no ânus do rapaz, e aproximou a lâmina do pénis e quando desmond sentiu o fio da arma, ouviu se um estrondo, seguido de uma voz imponente dizendo para parar.

A multidão se virou, Jhonatham fez uma menção a derrubar o tonel, porém um segundo tirou ressoou pelos ares, e vários pássaros voaram pelos céus.

— não ouse tocar mais uma vez nesse garoto — disse uma voz imponente — ou você é um homem morto.

— Ele é um espião — disse Jhonatham.

— Não ele é um caçador — o homem loiro jogou suas tranças para trás e cuspiu no chão — e você o está incomodando.

O homem que falava estava montado em um lindo cavalo negro, Sua armadura era de couro branco, usava um chapéu curvado para baixo de aba longa, calça branca e botas negras, carregava um revólver de cano longo que enfiou em um coldre na cintura.

— É desmond Skyfall?— perguntou o homem com seu tom destemido.

— Sim senhor — o garoto respondeu aliviado.

— Você por acaso se lembra de mim?

— Não senhor — respondeu Desmond, sem saber se devia mentir.

— Sou Nathaniel Skynflosk.

por um momento ninguém ousou dizer uma única palavra, depois Dom se ajoelhou seguido dos templários e a multidão acompanhou.

— O... filho do Rei — disse Desmond com os olhos arregalados.

— O filho mais novo do Rei, conhecido como o bêbado real, mas você deve me conhecer como a aranha negra da família Real — o Príncipe sorriu, sacou uma garrafa de metal e deu uma grande golada. — escutem todos vocês, Nós do reino não somos animais, e devemos demonstrar piedade com as criaturas inferiores a nós, ele é um enviado de Artoriam e meu pai ficaria muito bravo com qualquer que se intrometer em um assunto do Caçador Azul… Que vergonha — essas últimas palavras foram lançadas a multidão. 

— Meu Deus, vocês mataram o outro homem.

— Ele tinha a pele escura — Dom tentou justificar inutilmente o ato.

Nathaniel deu mais um grande gole, sacudiu a garrafa e a descartou na direção de Dom — E você é um babaca, se não estivessem em guerra iria levá-lo para a corte real. Agora soltem o maldito garoto.

Desmond foi solto, mas não antes de encarar Jhonatham com um olhar de ódio, e rancor. Jhonatham em resposta apenas deu de ombros, como se não houvesse feito nada de errado.

— Queria agradecer  o senhor — começou Desmond.

— Agradecer por que?

— O senhor me salvou.

— Não salvei você e sim o povo de ser pior do que ele é, agora rato da lama saia da capital antes que eu mude de ideia.

— Mesmo assim obrigado — Desmond pegou suas roupas rasgadas e caminhou pela multidão, que aguardou em silêncio o rapaz costurar seu caminho até a saída da Cidade-Capital.

A Balada dos Quatro Pistoleiros e outros contosOnde histórias criam vida. Descubra agora