A dama das trevas

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Elaena Ghost'hammer Warlock, Pesadelo das Florestas de Doom'Wood, a líder dos Espectros Vermelho dos Elfos de Sangue, uma vez escrava, uma vez esposa e rainha de Percival, saiu dos aposentos reais com o mesmo passo rápido e ágil que tivera na vida.

Mesmo agora sendo apenas um fantasma, um sussurro do passado ela preferia sua forma corpórea para atividades comuns e cotidianas. Suas botas de couro não emitem nenhum som no chão de pedra da Castelo Rubro, mas todas as cabeças dos zumbis, fantasmas e vampiros se voltaram para observar a dama. Ela era única e inconfundível.

Certa vez, o cabelo dela era negro como a escuridão, os olhos azuis como o céu, a pele da cor de sangue. Assim era quando estava viva.

Agora é uma morta entre os vivos, o longo cabelo dela, era prateado como a lâmina de um espada, com mechas negras, muitas vezes coberto por um capuz azul-preto, e sua pele anteriormente cor vermelha, se transformou em um branco-cinza perolado.

Mas quando tomou uma forma física ela escolheu vestir a armadura que usava em vida, couro bem trabalhado que revelava a maior parte de seu torso magro, mas musculoso, uma bota feita com peles de lebres negras ia até seus joelhos deixando suas belas coxas a mostra.

Suas orelhas pontudas se contorcia com as murmurações; Elaena a senhora do Castelo Rubro não costumava se aventurar fora dos aposentos devido a limitação que a magia do Lorde Das Trevas a colocava, o que a fazia de escrava.

Ao seu lado está o apressado Mestre Salommono Scarmoon, chefe da Sociedade Da Ciência Negra, que falava animadamente de um jeito que só um zumbi podia fazer.

– Eu sou muito grato que você concordou em vir, minha senhora –, disse ele, tentando curvar-se com muita dificuldade. – Você disse que queria ser informada quando os experimentos fossem bem-sucedidos, e você queria vê-los quando nós termi...

– Estou bem ciente das minhas próprias ordens, mestre – interrompeu Elaena, dando seu olhar cortante por cima dos ombros, quando começaram a descer um corredor sinuoso até as entranhas da Castelo Rubro.

– É perdão minha senhora. Aqui estamos nós.

Eles emergiram em uma sala que, para alguém com sensibilidade mais fraca, pareceria uma casa de horrores. Em uma mesa grande, um morto-vivo curvado estava costurando pedaços de cadáveres diferentes, em um Orc morto enquanto cantarolando baixinho. Elaena sorriu ligeiramente.

– É bom ver alguém que gosta tanto do seu trabalho –, ela disse com uma voz suave. O aprendiz começou um pouco e depois fez uma reverência profunda.

Houve um zumbido baixo de algum tipo de energia crepitante. Outros alquimistas se movimentavam, misturando poções, pesando ingredientes, fazendo anotações. O cheiro era uma combinação de putrefação, produtos químicos e, sangue fresco se confundia com o cheiro doce e limpo de certas ervas.

Elaena ficou surpresa com a sua própria reação.

O cheiro das ervas a deixava estranhamente ... com saudades de casa. algo que era impossível para um fantasma, o que ela havia se tornada não podia sentir nenhuma emoção, mas ela sabia que era diferente dos outros fantasmas, por alguma razão ela ainda mantinha algo de seu próprio livre arbítrio, Felizmente, a emoção mais suave não durou muito. ela sentiu um alivio por não sofrer com a lembrança da aniquilação de seu povo pelas mãos do Lorde Das Trevas .

– Mostre-me –, ela exigiu. Scarmoon acenou e a conduziu pela área principal, passando por pedaços de corpos pendurados em ganchos, em uma sala ao lado.

O som fraco de soluços chegou aos ouvidos dela.

Ao entrar, Elaena viu várias gaiolas no chão ou balançando lentamente de correntes, todas preenchidas com cobaias. Alguns eram humanos. Alguns Orcs que foram abandonados.

A Balada dos Quatro Pistoleiros e outros contosOnde histórias criam vida. Descubra agora