2089 D.C prólogo parte 2

11 3 0
                                    

Ele não conseguia imitar a habilidade de Artorias para montar sem usar as mãos, pois precisava da mão direita para segurar as rédeas enquanto segurava a espingarda com a esquerda.

Eles estavam atravessando um bosque com poucas árvores, deixando que os espertos cavalos escolhessem o melhor caminho. De repente, saíram do meio das árvores para uma ampla campina. O grande cavalo de Artorias, obedecendo a um comando de seu cavaleiro, parou, seguido imediatamente por Frank.

Desmond deixou cair as rédeas no pescoço do animal e sua mão instintivamente procurou o gatilho da espingarda e a posicionou.

Uma grande árvore crescia no meio do terreno com pouca vegetação. Um pequeno acampamento tinha sido montado junto do tronco. Um fio de fumaça ainda subia da fogueira, e uma mochila e um cobertor enrolado estavam no chão ao lado dela.

Os quatro Blues Sacramentos cercavam um homem que estava de costas para a árvore: Bestas robóticas de dois metros de altura, que lembravam o esqueletos humanos feitos de metal, só que ao invés de veias e nervos possuíam engrenagens e fios, no lugar dos olhos possuíam duas orbes negras e um ponto vermelho no lugar das pupilas, sua feição cadavérica era aterradora para qualquer pessoa que os vice, o seu tórax haviam proteções de metal que era parafusada até suas costas, uma proteção para seu motor, em suas panturrilhas haviam três escapamentos cada, de onde uma pequena fumaça negra subia.

O pobre homem tentava golpeá-los com sua espada, ainda que fosse inútil, os Blues faziam leves movimentos em sua direção, movimentos mecânicos. Eles estavam armados com espadas curtas e machados, e um deles carregava uma pesada lança de ferro.

Desmond respirou fundo ao ver as criaturas. Depois de seguir suas pegadas por tanto tempo, era um choque vê-los claramente tão de repente. Seus corpos azuis não reluziam nada mais que o brilho da morte.

O homem estava vestido com uma cota de couro negro e um símbolo estranho vermelho percorria boa parte do seu peito, um símbolo que lembravam um grande "SS", e sua voz tremia de medo ao repetir as tentativas de ataque.

— Vão! Estou cumprindo uma missão para o Rei. Para trás, eu ordeno!

Artorias fez que seu cavalo se virasse, de modo a ter uma posição melhor para atirar.

— Seus malditos cães infernais! Hoje é o dia em que vocês conheceram o seu fim! — ele gritou.

Cinco pares de olhos se voltaram para ele quando os quatro Blues se viraram surpresos.

O Blue que segurava a lança se recuperou primeiro. Percebendo que o espadachim estava distraído, disparou para a frente e perfurou o corpo do rapaz o prendendo contra a árvore. Um segundo depois, e um barulho de trovão seco preencheu o ar, três balas de Artorias se enterraram no coração do Blue e ele caiu morto ao lado do rapaz Que havia matado. Quando o monstro caiu de joelhos, os outros Blues investiram contra os dois Caçadores Azuis. Mesmo com seus corpos pesados e robóticos, as três criaturas moveram-se numa velocidade incrível.

Mais dois tiros de Artorias atingiram o Blue da esquerda. Desmond atirou em outro à direita e percebeu no mesmo instante que tinha julgado mal a velocidade da criatura: a bala passou sibilando no espaço onde o Blues tinha estado um segundo antes, e explodiu em chamas ao acertar o tronco da árvore. Sua mão voou para o bolso à procura de outra bala explosiva, e ele ouviu um gemido metálico e rouco de dor quando a terceira sequência de tiros de Artorias atingiu o peito da criatura que estava no centro. Então Desmond deu seu segundo disparo na direção do Blue sobrevivente, agora assustadoramente perto.

Apavorado diante dos olhos negros das criatura, o garoto atirou, sentindo que a bala iria passar longe do alvo. O Blues estava quase sobre ele.

Quando a criatura rosnou triunfante, Frank veio em ajuda de seu dono. O pequeno cavalo empinou e atacou o monstro terrível com as patas dianteiras, avançando em seguida alguns passos em sua direção. Desmond, tomado de surpresa, agarrou-se ao alto da sela.
O Blue parecia ter ficado igualmente surpreso, banbaleou para trás.

A MÁQUINA, e seu antigo processador não sabia exatamente qual seria a melhor forma de exterminar o cavalo, vinte anos depois, usando esse conhecimento Desmond, exterminou o exército de Blues Sacramentos de Omur.

O monstro hesitou por um segundo fatal, recuando diante dos cascos impiedosos do cavalo. o tambor da pistola a vapor de Artorias girou e a bala que saiu atingiu a criatura na cabeça entre os olhos e, devido à curta distância e a potência da arma, a atravessou. Com um última fala, em uma voz metálica a criatura disse — Pureza —, o Blue caiu de joelhos na neve e seus olhos perderam o brilho vermelho aos poucos.

Pálido, Desmond escorregou para o chão, pois não conseguia se manter em pé. Teve que se segurar em Frank para se levantar. Artorias saltou da sela depressa, foi até o garoto e o esbofeteou com as costas da mão.

A Balada dos Quatro Pistoleiros e outros contosOnde histórias criam vida. Descubra agora