Artorias e Desmond estavam seguindo os Blues Sacramentos por três dias.
As quatro criaturas robóticas e selvagens, soldados do rebelde Rei Omur que tinham sido vistas passando pelo Feudo Luz Vermelha em direção ao norte. Assim que a informação chegou aos ouvidos do Caçador Azul, ele saiu para interceptá-los, acompanhado de seu jovem aprendiz Desmond Skyfall.
— Donde essas criaturas horrendas surgirá, Artorias? — Desmond perguntou durante uma de suas curtas paradas para descanso. — Apenas uma teoria pode explicar essa situação, acho eu, que, antes da curva acentuada da lua minguante atingir o topo do céu, os Blues, vieram da Montanha Solitária, que já não está bem vigiada.
A Montanha Solitária era o único acesso existente entre o reino de StormWind e as Terras da Chuva, onde Omur mantinha-se escondido. Agora que o reino estava se preparando para a guerra com Omur, a companhia de infantaria armados com rifles de pressão e os Caçadores Azuis tinham sido enviados para reforçar a pequena guarnição permanente na estreita passagem da montanha até que o exército principal pudesse se reunir.
— Pelo que sei, as montanhas são o único lugar que essas pestes podem ter vindo.
Artorias, cuspiu no chão e concordou. — Mas, Garoto, um pequeno grupo como esse poderia estar dormindo em uma caverna por anos, e só agora Omur os tenha ligado para seus planos, o fato é que estão nas terras do Reino, estão caminhando ao redor do rio que cobre o entorno das Terras da Chuva, talvez tenham mais, tomará que tenham mais, venham estou sedento de vontade de destrinçar essa coisas com minhas lâminas.
Artorias disse isso passando suas mãos sobre suas duas facas de caça no cinto, perto dos cilindros de oxigênio que servem para colocar pressão nas suas pistolas a vapor; As facas de caça eram itens necessários para qualquer Caçador Azul, eram duas facas enormes com lâminas cobertas por dentes serrilhadas, que giravam como as de uma motosserra quando ligadas, o vapor quente saia pelo cabo com uma coloração azul, algo incrível de se ver e quase impossível de se manejar sem o treinamento certo.
O domínio de Omur era uma solitária montanha em meio de uma ilha que se erguia nos lagos, ela fazia ligação das fronteiras no sul com o leste do reino.
Um lugar cercado por desfiladeiros e penhascos que impossibilitava a passagem, a não ser pela rota da montanha Solitária, no leste, de lá saía uma linha de penhascos íngremes e escarpados, que como um muro ia se alongando em direção ao oeste, formando a fronteira entre o lago Negro onde fica a ilha chamada Terra da Chuva e Stormwind. À medida que avançavam para o sudoeste, os penhascos mergulhavam em outro obstáculo chamado de Geleira dos Abandonados: uma parede de gelo que corria para o mar e separava o território de Morgarath do reino do Oriente chamado de Sunshine.
Foram essas fortificações naturais que mantiveram StormWind e sua vizinhança Britânica a salvo dos exércitos de Omur nos últimos vinte anos. Por outro lado, elas também protegem o rebelde Rei das forças de StormWind.
— Pensei que fosse impossível passar pelas montanhas, exceto, talvez pelas entranhas da Montanha Solitária, um lugar abismal — Desmond comentou.
— Nada é realmente impossível, garoto — Artorias retrucou com um sorriso sombrio. Ajeitou seu chapéu para derrubar um pouco da neve que se acumulara — ainda mais para alguém que não liga para as consequências. Devem ter navegado até as encostas das montanhas, e subido, talvez Omur tenha utilizado uma das máquinas dos antigos, algo que ele tenha encontrado em suas escavações naquelas terras chuvosas.
Ele se levantou, mostrando que o descanso tinha chegado ao fim.
Desmond também se ergueu, e os dois foram até os cavalos. O velho Artorias grunhiu levemente quando montou na sua sela.
O recém ferimento que tinha sofrido ainda o incomodava um pouco, mas nada podia parar Artorias, nem mesmo a perda do olho esquerdo, nem o sangue que ainda percorria de seu olho cortado, Desmond admirava seu mentor um homem com cerca de cinquenta e cinco anos, que já para os olhos do jovem é um grande herói, sua roupa de couro negro combinava com sua pele negra e sua barba Branca como a neve se enrolava perfeitamente como pelos de ovelhas.
— Não ligo por onde eles vieram — ele continuou. — O que quero é saber o que um grupo pequeno quer por essas terras.
Autorias mal tinha acabado de falar quando ele e Desmond ouviram um grito vindo de algum ponto adiante deles, seguido por uma confusão de grunhidos e, finalmente, pelo choque de armas.
— E talvez a gente descubra isso bem depressa! — concluiu. Ele fez seu cavalo galopar, controlando-o com os joelhos enquanto as mãos, sem esforço, sacaram as duas pistolas, as deixando apostos. Desmond subiu na sela de seu estranho cavalo de cor verde claro, Frank, com a ajuda das mãos e galopou atrás do mestre.
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A Balada dos Quatro Pistoleiros e outros contos
Short Storycompilado de contos, todos uma reflexão sobre a vida, morte, racismo e preconceitos. Dois pistoleiros chegam a perturbadora cidade Old SandCity. A ESPADA JURAMENTADA,Seu mal é lenda. O Senhor dos mortos-vivos, manejador da mística Desespero-Congela...