Jughead Jones.
--Vamos, me encorpore logo e dê seu toque, pois já não estou gostando dessa baboseira desses dois.--Maggie apontou para nós dois no chão, enquanto eu encarava Elisabeth apavorada.
O homem sorriu e foi até ela, tocou em sua cabeça e ela sumiu.
Em poucos segundos, as cordas que prendiam as mãos e as pernas de Betty, se cortaram sozinhas, e a mesma se levantou, os olhos estavam totalmente brancos, e o corpo contorcido numa forma bem estranha.
Olhei para o lado, o homem não permanecia mais lá. Olhei para o outro lado, Cheryl ainda estava caída, e quando me voltei para frente, Betty, que não parecia mais ela, estava abaixada me encarando.
--Oi meu amor.--Uma voz mais grossa do que o normal saiu de sua boca, e fez eu me afastar até me encostar na cadeira que estava atrás de mim.
--Maggie?--Indaguei um pouco com dúvida e ela sorriu.
--Que bom que ainda me reconhece mesmo que seja em um corpo medíocre como esse.--Olhou para o corpo em que ela estava e fez uma cara de desdém.
--Você matou ela?--Analisei seu maxilar se travar.
--Por enquanto ainda não...--Olhou ao redor da casa.--Enquanto conversamos aqui, estou conversando com ela dentro da cabeça.
--Por que você simplesmente não pede perdão pra Deus e se eleva?--Perguntei um pouco assombrado.
Ela riu sarcástica e se levantou.
--Porque eu vendi minha alma Jughead.--Estendeu a mão para mim.
--Em troca de quê?--Coloquei as mãos no chão e me levantei só.
Ela pareceu não se importar em ignora-la, e cruzou os braços, aparentemente com frio.
Mas como? Como ela estava com frio?--Bem, em troca de você!--Disse mais para um sussurro.--Eu pedi você para sempre, em troca da minha alma, e mesmo que não fique comigo, terei que ir para o inferno de qualquer forma, só queria ter uma companhia.
Naquele momento, mesmo que fosse ruim, eu conseguia sentir a presença de Maggie, a minha Maggie, que quando estava viva, me fazia sentir confortável com ela.
--Me desculpa, me desculpa não ter tentado te ajudar naquela tarde!--Me sentei um pouco incrédulo na cadeira.
--Não! Não foi sua culpa amor.-- se voltou para mim.--Só tinha que acontecer.
Sorriu maleficamente, e ali, eu já sabia que não era mais ela.
--Vamos logo, temos que fazer isso antes de o sol nascer.--Olhou para o relógio.
Era exatamente 05:03 da manhã.
Abruptamente agarrou meu pulso e me puxou para levantar.
Tenho que admitir, ela é mais forte que eu.
Me arrastou para fora da casa, mas antes de ir, derrubou todas velas acesas sobre o círculo de sal, e chamas surgiriam grandemente.--Você se encontrará com seus amiguinhos em breve.--Sorriu e continuou a andar para longe da casa.
Hesitei o tanto que pude. E se eu simplesmente não andasse junto a ela, ela me arrastaria sem piedade, então a deixei me levar.
Estávamos indo em direção oposta de onde vim com meus amigos.
E eu sei aonde isso me levaria. Droga.--Quer adivinhar para onde estamos indo meu bem?--Perguntou com uma voz suave, que me doía na alma.
--Não, muito obrigado.--Disse, curto e grosso.
Ela que andava um pouco mais a frente me puxando, parou e se virou.
--Adivinhe!--Ordenou.
--Eu já disse que não!--Disse em seu mesmo tom.
--EU MANDEI ADIVINHAR! --Gritou, e sua voz fez alguns pássaros que esperavam o sol no topo das árvores, voarem.
Se eu não dissesse, sabe lá o que ela faria comigo agora.
--Estamos indo para o rio em que você se afogou?--Perguntei fingindo incerteza.
--Exato amor!--Disse sorridente e voltou a me puxar.
Andamos muito, e eu rezei o bastante para que o dia chegasse.
Olhei bastante para trás, e só via uma fumaça ao longo no ar.Eu realmente espero que eles tenham acordado antes, e puderam ter fugido.
Pelo menos eles poderiam escapar da morte, assim eu morreria feliz.
E na verdade eles tem opção.Enfim chegamos ao gigantesco rio, aonde aconteceu o maldito "acidente" com Maggie.
--Está pronto?--Soltou meu pulso e segurou minha mão.
--Não. Podemos ir só quando eu estiver pronto, que no caso é nunca.--Dei de ombros.
Ela revirou os olhos, me puxou até a meia ponte do rio de água parada, foi mais para a beirada, se virou para mim, ficando de costas para o rio e disse.
--Eu te amo meu eterno Jughead.--Sorriu e beijou minha testa.
Ao terminar ato tão insolente, se jogou e caiu no rio, e me puxou junto.
Aquilo tudo ficou em câmera lenta, o que me fez ter grande dúvida.
Será que todas as pessoas que estão prestes a morrer, vêem tudo em câmera lenta? Apreciam suas mortes devagar?
Seus braços prenderam os meus em um abraço, e suas pernas perderam as minhas.
Eu estava impossibilitado de me mover. De nadar.Segurei firme meu ar dentro do pulmão, vendo nossos corpos se afundarem sobre o rio que uma vez glorifiquei tanto.
Então eu parei para pensar.
Ela não está matando só eu, mas também a Elisabeth, e isso não é justo.Eu me debati para tentar me soltar, mas quanto mais eu me debatia, mais ela me apertava.
Enfim, vencido pelo cansaço, soltei o resto de ar e fechei meus olhos, esperando a morte chegar, e assim "viver" eternamente no fogo do inferno com Maggie.
Eu estava prestes a tentar "respirar" (ingerir água), quando os braços e as pernas da mesma afrouxaram, e logo em seguida seu corpo vibrou.
Por mais que lá estivesse escuro, eu abri meus olhos e consegui ver a Betty ali, de volta, com seu olhar normal. Não era mais a Maggie.
A mesma se afogava, sua boca estava entreaberta engolindo água, e seus pulmões imploravam por ar.Usei minhas últimas forças para segurar seu corpo trêmulo e subir para superfície.
Quando subimos, suguei bastante ar e percebi que Betty estava apagada.
Nadei para a borda, a puxando, quando cheguei lá, vi Verônica, Archie, Cheryl e Toni agoniados de preocupação.
Eles me ajudaram a colocar seu corpo sobre a terra, e logo em seguida, subi desesperado.--O que aconteceu?--Cheryl perguntou desesperada.
Eu não respondi, simplesmente me joguei ao lado da Betty, juntei nossos lábios, apertei seu nariz, e empurrei ar para dentro dela.
Ela não reagiu, então coloquei minhas duas mãos sobre seu peito e apertei com força o meio de seus peitos.E mais uma vez não reagiu. Tentei mais uma vez respiração boca a boca, e água o suficiente para fazer uma gigantesca poça de água saiu dela com uma leve torcida.Aos poucos abriu os olhos, e seu rosto angelical iluminou com um fraco e triste sorriso.
Beijei sua testa, agradecendo silenciosamente por não ter morrido, enquanto todos nos observavam calados, mas com alegria.....
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~SEXY POR UM ACASO~ Bughead.
RomanceElisabeth Cooper é uma nerd peculiar, que tem país ricos e que esbanjam dinheiro sem parar, mas nunca quis ser igualmente as outras garotas, que vão aos Shopping e não estão nem ai para o dinheiro. Ela é diferente de todas as garotas, ela ap...