Good Chance | Zayn Malik [concluída]

V: Ir em frente ou dar meia volta para trás

Capítulo V: Ir em frente ou dar meia volta para trás.

Mera acordou bem cedo e saiu da casa de seus pais sem que qualquer um percebesse, foi até segurando os sapatos nas mãos para não fazer barulho com os saltos no chão e pediu um táxi, Dom ainda não tinha chegado. O dia tinha acabado de nascer e como ela iria passar a noite ali na casa dos pais disse que ele poderia ir para a própria casa, então ele levou o carro e voltaria para buscá-la pela manhã, mas era muito mais cedo que o combinado. Dom também não morava longe da casa onde Mera vivia com Zayn, ele sempre estava lá antes mesmo que ela percebesse e a acompanhava para todos os lugares, afinal, era seu segurança, não tinha como ela esquecer disso.

Os primeiros meses com ele foram bem estranhos, Mera nunca tinha andado com seguranças, só motoristas porque quando era mais jovem depois de bater o carro duas vezes seus pais não a deixavam mais dirigir até a faculdade, mas quando se casou com Zayn ele fez questão que ela andasse com um segurança armado e especializado em defesa. Dom era um dos melhores, Mera concordou depois de tanto Zayn insistir e ele continuou com seu segurança, John e em poucos dias Dom estava seguindo Mera para todos os lugares com uma cara fechada por muito tempo até que ficassem próximos e se tornassem amigos também.

Ela estava um pouco arrependida de de ter dormido na casa dos pais, na verdade ela só tinha adormecido enquanto derramava algumas lágrimas no colo de Ruby depois que Safira tinha chegado e então contando as duas o que aconteceu Mera teve mais vontade ainda de chorar. Não conseguiu se segurar, ela estava triste e cansada, nem percebeu quando dormiu, ela só tinha acordado naquele dia coberta e deitada ao redor de travesseiros pela cama toda e sua última lembrança era estar sendo abraçada por Ruby enquanto Safira andava de um lado para o outro no quarto.

Quase 20 minutos depois Mera estava pedindo ao Taxista para que parasse do lado de trás do hotel, deveriam ter pessoas nas portas da frente apenas esperando que ela entrasse ou saísse novamente e Mera não estava afim de lidar com a mídia, ela nunca esteve na verdade.

- Obrigada. - Ela disse ao taxista enquanto estendia uma nota de 100 libras e então saiu deixando que o motorista ficasse com o troco e bateu a porta caminhando pela calçada até a porta de trás, bem menor e mais singela.

Mera abriu e entrou rapidamente, parando no canto do enorme saguão que aquela hora da manhã estava praticamente vazio, apenas as recepcionistas e os seguranças estavam trabalhando.

Ela saiu andando apressada pelo piso de porcelana e o barulho de seus saltos ecoava no ambiente silencioso àquela hora da manhã. Mera não parou até estar dentro do elevador suspirando depois das portas de fecharem, saiu pelo corredor procurando o cartão de acesso da porta pela bolsa e quando chegou, jogou a bolsa no sofá e os saltos pelo chão e empurrou a porta para o quarto com as duas mãos, assim que viu aquela cama enorme e perfeitamente arrumada Mera não fez outra coisa além de se jogar em cima e puxar os edredons, abraçando um travesseiro e tentando dormir outra vez.

Já estava com olheiras, a maquiagem borrada e o cabelo bagunçado. Ela não queria ir tomar um banho e se arrumar, só queria dormir e chorar a vontade, não mais na frente de sua família. Eles não mereciam aquilo, Mera não queria chorar e dizer que estava se divorciando. Sua irmã mais velha tinha acabado de dizer a todos que estava esperando um bebê, porque ela ficaria dizendo que estava se divorciando? Estava se sentindo péssima em dobro. Não só por se sentir uma idiota cujo o marido traiu, mas também por não conseguir manter as coisas em segredo e fazer sua família se preocupar.

Ainda tão cansada ela não conseguiu dormir, não era sua cama, seu quarto, seus lençóis ou seu travesseiro. Agora estava triste três vezes: não conseguia não sentir falta da sua própria cama na sua própria casa.