Capítulo 3- Um passo mais longe (Parte 1)

68 5 2
                                    


Narração Lua

Limpei meu óculos pela vigésima vez no dia quando eu e o TPMista chegamos ao quarto do mesmo, que era o penúltimo de oito quartos do segundo andar.

—O que tem no oitavo quarto?- eu e minha curiosidade atiçada perguntamos.

—Nada de mais.- ele respondeu secamente- Só um quarto de visitas.

—E por que eu e as garotas não dormimos lá?- Eu arqueei minhas sobrancelhas.

Um semblante triste tomou conta da face do de olhos vermelhos. Me deixando até com um pouco de dó.

—Por que não.- ele retomou a pose de orgulho que ele carregava segundos atrás.

Esse garoto é realmente MUITO estranho

—Ah...- eu revirei os olhos até que percorri meu olhar pelo quarto- Um caixão, sério isso?

O quarto tinha paredes levemente amareladas e o piso era de madeira. Além de uma cadeira e um sofá que estavam posicionados nas laterais do quarto, havia um caixão no meio do quarto.

Super assustador, eu sei.

—Se você for reclamar, pode dormir naquela cadeira.... ou no chão- ele revirou os olhos.

—Cabe eu no caixão?- eu respondi, sorrindo de orelha a orelha.

—_______________________________________________________________________
Narração Nikki

Depois que eu arrastei Shu pelos corredores, eu o joguei no chão do quarto, e ele se levantou e se deitou na cama.

Sinceramente....

Resolvi arrumar minhas coisas, até que eu vi uma presilha de cabelo em forma de laço vermelho na minha mala.

Não era um laço qualquer.... ele foi feito por Molly quando eu era muito criança.

Brilha, Brilha, Estrelinha...– comecei a cantar, fora a primeira música que eu aprendera, além de ter sido a que minha mãe cantava pra mim antes de dormir.

Eu realmente sentia saudades dela.

Eu tinha saudades de sua voz delicada cantando, de seu sorriso gentil quando contávamos sobre uma coisa ruim acompanhado de um "Tá tudo bem", de seu abraço aconchegante que me dava uma sensação de segurança incrível...

—O que diabos é isso?- Eu ouvi Shu, e dei um susto.

—I-isso o que?- eu gaguejei. Que idiotice, Nikki Herbert nunca gagueja...

—Essa música infantil que você estava cantando... Brilha,Brilha Estrelinha? Era isso?- ele riu de forma sarcástica- Quantos anos você tem? Dois?

—Você pelo menos consegue entender?- Eu me levantei do chão- Consegue entender a saudade que uma mãe faz? Consegue entender como é ser uma criança que do dia pra noite recebe a notícia de que a "mamãe foi pro céu"?

—Hum?- ele se assustou de leve quando me viu mirando meu fuzil pra ele.- Garota Barulhenta, você não me assusta com sua ameaça e seu discursinho a favor da família. Nem todos são mimados pelos pais como você e suas irmãs patéticas.

Mimada?

—Garoto, eu te odeio com todas as forças terrestres- Eu apontei com ainda mais raiva- Se você se atrever a me chamar de mimada ou chamar minhas irmãs de patéticas de novo, você é um homem morto, e...

Like a VampireOnde histórias criam vida. Descubra agora