Capítulo 11

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Narrador POV

- Hoje a noite na sua suíte? - Noah  perguntou assim que Sina estacionou o carro em frente ao hotel. Ela olhou de soslaio para o rapaz enquanto entregava a chave ao valete que lhe aguardava ao descer do veículo.

Estavam chegando do estúdio, nenhum dos dois trocaram uma só palavra sobre o que acontecera.

- O que?

- Nossa próxima aula. Achei que tínhamos concordado que eu estou de recuperação. - Ele sorriu dando um passo para acompanhar a loira. Sina riu verdadeiramente virando-se para o fotógrafo, o analisou de cima a baixo e Noah  mordeu o lábio inferior antes de responder.

- Já marquei com outro aluno essa noite. - Piscou antes de dar as costas deixando Noah  sem palavras. Ele só não soube se pela resposta dela ou a visão de sua bunda gostosa rebolando pelo saguão do hotel.

***

- Adiantado. - Sina falou assim que abriu a porta do quarto. Joel  lhe sorriu olhando descaradamente para o corpo da colunista. Não era pra menos, Sina ainda não decidira o que usaria, então estava apenas de peças íntimas e não se importou nem um pouco em atender o fotógrafo daquela forma. - Aonde vai me levar? Seria de grande ajuda saber o que vestir. - Sorriu com falsa inocência dando passagem para o homem entrar no cômodo.

- Acha mesmo que conseguirem te dar um encontro decente depois de já te ver assim? - Não tardou em puxar Sina pela cintura, colando seus corpos.

- O que sugere, então? - Mordeu o lábio já abrindo os botões da camisa social do francês.

- Nós dois nus na sua cama. - Foi direto, procurando os lábios de Sina, que recuou o olhando surpresa. - Que foi?

- Nada. - Respondeu aceitando o beijo do rapaz.
Joel  empurrou a língua contra a da moça e ergueu o corpo dela, que prontamente o abraçou com as pernas em torno do quadril. Apesar de quente, era estranho para Sina desfrutar daquele beijo. De qualquer beijo. Parecia que após Noah  aquilo para ela também tomara um novo significado. Uma nova importância. O beijo era bom, mas não era o beijo que a loira ansiava.

Alguns passos desajeitados e o corpo do moreno de olhos verdes a cobriu contra o colchão. Sina riu puxando os fios longos do cara que lhe apertava e terminou de despi-lo rapidamente.

Seria uma longa e bela noite, pensou ela.

***

O sorriso sarcástico e malicioso de Noah  apareceu assim que ele acordou pela manhã, a voz de Sina gemendo seu nome e o xingando no dia anterior ainda ecoava em sua cabeça, desconfiava ser o melhor som que seus ouvidos já captaram.

Levantou-se enquanto pensava numa forma de conseguir ouvi-la mais uma vez, tê-la mais uma vez. O que a loira tinha de insuportável compensava duas vezes mais no sexo. Talvez já estivesse viciado nela. Que bobeira! Ela era apenas boa, apenas isso.

Tomou um banho rápido, porém relaxante e em menos de vinte minutos estava na porta da suíte presidencial. Eram pouco mais das sete e tinha certeza que Sina ainda estaria dormindo.

Sua mão fechada em punho murrou a porta pela terceira vez, prestes a aumentar a força. Que porra de sono pesado era esse da colunista?

- Pois não? - a porta foi aberta de supetão, enquanto Noah  ainda segurava a mão no ar. E ali ela ficou.

A surpresa lhe congelou os músculos, com exceção do sorriso, que foi desfeito imediatamente. Não era a voz de Sina, e definitivamente não era sua loira gostosa parada na sua frente.

LUSTWhere stories live. Discover now