Capítulo 8

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Narrador POV

- Acho que vou mesmo pro inferno. Depois que te matar! - Sina esbravejou enquanto entrava no táxi, sendo seguida por Noah .

- De tesão, eu espero. Aliás, você assim toda irritada e perdedora já está me deixando duro.

- Você é um babaca, Urrea.

- Eu sei.

- Não vou transar com você. - A loira concluiu assim que o fotógrafo passou o endereço do hotel para o taxista.

- Não sabia que você fazia esse tipo. - O rapaz ergueu uma sobrancelha, realmente intrigado com a última fala da rival.

- Tipo? Que tipo?

- Que não sabe perder. - Noah  falava sério procurando os olhos azuis de Sina na escuridão do banco traseiro do carro. - Apesar de tudo achei que pelo menos palavra você teria.

- Eu tenho palavra!

- Então cumpra o acordo. Você apostou e perdeu, quero meu pagamento. - Ele voltou a sorrir com o desespero evidente no rosto da mulher ao seu lado.

- Por que?

- Por que o que?

- Por que quer transar comigo? Você não me suporta. - Ela não conseguia entender, e nem queria, não sabe o motivo de realmente ter feito aquela pergunta.

- Nunca escondi que te achava gostosa, quero experimentar. - Deu de ombros, soando realmente sincero. Sina fez cara de repulsa e em seguida revirou os olhos. - Qual é, Deinert? Eu sei que você também me acha gostoso.

- Não acho nada!

- Sem essa. - Foi a vez dele revirar os olhos. - Só confessa.

- Não tenho nada pra confessar. - Rebateu emburrada.

Noah iria responder, mas percebeu que o carro havia parado em frente ao hotel, ele sorriu para a loira e saiu do táxi rápido como um relâmpago.

- Já que você perdeu a aposta, paga o táxi. - Disse antes de dar as costas e caminhar até a entrada daquela construção luxuosa.

Irritada, a loira pagou o taxista e saiu aos tropeços tamanha era a raiva que sentia no momento. Por um lado Noah  tinha razão, ela havia apostado, conhecia o risco e não era mulher de faltar com a palavra, mas por outro não queria ceder a ele. Justo ele.
Gastou uns dez minutos ao lado de fora do hotel, imersa em seus pensamentos. Finalmente entrou, dirigindo-se ao elevador e rezando para Noah  não procurá-la mais naquela noite. Mas ela sabia que ele o faria, o canalha não iria desistir do "prêmio".
Estava certa, e soube assim que pôs os pés no seu novo quarto.

- Como entrou aqui?! - A jornalista gritou jogando a bolsa com violência sobre a king size da suíte presidencial.

- Você não quer saber. - Noah  piscou enquanto abria a camisa de botões lentamente.

- O-o que está fazendo?

- Tirando a roupa. 

- Urrea...

- Não vou te agarrar a força, se é isso que está pensando, só quero aproveitar a cama que ganhei numa certa aposta. - Assim que fechou a boca, desceu a calça e deitou-se na cama aproveitando todo aquele espaço.

- Olha só, Urrea, você tinha razão, eu não sou o tipo que falta com a palavra, eu vou pagar meu preço por perder essa aposta, mas você não vai dormir na minha cama.

        Noah a olhou um tanto surpreso, não imaginava que ela concordaria tão cedo, sabia que o faria, sim, mas não naquele mesmo dia. Nem a própria acreditou quando as palavras escaparam de sua boca.

LUSTWhere stories live. Discover now