Capítulo 18

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- Hei! – Natasha praguejou quando topou com algo parado a sua frente ao sair da sala de reuniões. Ou melhor: Alguém.

- Noah ? – Sina perguntou ao empurrar Joel pelos ombros.

- Perdoe-me. – Respondeu sem levantar o olhar para a colunista, de joelhos recolhia com a chefe algumas pastas. O choque do corpo de Natasha ao seu acabou fazendo com que uma pilha de papéis se espalhasse pelo assoalho da revista. – Não quis atrapalhar o casal. – Pôs-se de pé. – Continuem com o espetáculo. – Sorriu amarelo na direção da nova editora-chefe e deu-lhe as costas.

- Não! – A loira tentou lhe explicar que fora pega de surpresa, mas a essa altura Noah se embrenhara no meio da multidão de funcionários que corriam de um lado para o outro. – Mas que droga! – Levou as mãos ao cabelo.

- Cherry? – O francês chamou estranhando a expressão angustiada da moça. Ela não estava feliz por vê-lo?

- Agora não, Joel . – Não era pra ele estar ali e, principalmente, não era pra Noah ter visto aquele beijo. Beijo? Nem poderia chamar assim. Ao menos abrira os lábios, pelo contrário, mantivera os cerrados e os olhos abertos enquanto recebia a carícia inesperada. Tudo acontecera tão rápido que não tivera tempo para reagir. Também não poderia acertar uma bofetada em Joel , não na frente de todos. Chamar a atenção agora não era uma opção.

- Não entendo. – Contra-argumentou. O loiro esperava uma recepção mais calorosa de Sina. Afinal, eles tiveram uma história em Paris.

- Eu vou atrás de Noah e você vai para minha sala. – Indicou a direção da porta do escritório que dividia com Heyoon . – Nós vamos conversar sobre... – Apontou dele para ela. – Isso.

****

- Heyoon! – Correu até a amiga que a olhava confusa. – Você viu o Baby...el? – Completou quando a amiga lhe lançou um olhar curioso.

- Não, só o vi mais cedo antes de entrar na sala de Natasha com você. – Levou a mão ao queixo ao relembrar na ultima lembrança que tivera do amigo. – E como foi lá?! – Pareceu se dar conta finalmente que aquela seria a conversa sobre quem seria o novo editor.

- Eu ganhei. – Disse simplesmente.

- Com essa animação toda? – Arqueou a sobrancelha de maneira desconfiada.

- Desculpa, Vi. Eu realmente preciso encontrar o Urrea. Ele não está em lugar nenhum!

- Já procurou na sala dele? – Resolveu não fazer mais nenhum questionamento quando viu a expressão preocupada da loira.

- Já. Acabei de voltar de lá.

- E...?

- Vazia. Assim como o estúdio, a copiadora, a copa e qualquer outro lugar que ele costuma frequentar.

- Ele deve ter ido embora, sei lá. Aconteceu alguma coisa? – Passou a se preocupar com a insistência de Sina em saber o paradeiro do fotógrafo.

- Nada. Quer dizer... Só coisa de trabalho. – Não gostava de mentir para a amiga. Mas o que diria? Que se envolveu com seu melhor amigo em Paris? Que era só sexo, mas que algo mudou? Nem ela sabia o que acontecia entre eles. – Posso te pedir um favor?

- Desembucha.

- Não vá à nossa sala agora. – Deu as costas a amiga. – Tenho um problema para resolver.

****

- Cherry? – O francês perguntou assim que viu a loira tempestuosa atravessar a porta de madeira do escritório.

- Joel ... O que faz aqui? – Perguntou num suspiro.

- Ué... Achei que tivesse pedido para lhe esperar aqui. – A testa do loiro se franziu numa expressão confusa.

LUSTWhere stories live. Discover now