Capítulo 13

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Narrador POV

Sina ganhou consciência no momento em que alguém se remexeu ao seu lado e em seguida lhe envolveu com um braço. A loira abriu os olhos imediatamente temendo ver quem achava que veria.

- Merda. - Sussurrou afastando a mão de Noah  espalmada em seu corpo nu.

Haviam caído no sono, juntos. Isso não poderia acontecer. Não mais. Era pra ter sido apenas uma aposta, e ambos acabaram ultrapassando todos os limites. Teria que acabar, essa relação de ofensas e sexo precisava de um ponto final. E logo.

Levantou com cuidado para não acordar o fotógrafo, a última coisa que precisava era dele fazendo piadas sobre o ocorrido. Em silêncio, tomou um banho rápido, vestiu-se e saiu, deixando no quarto um Noah  duramente adormecido.

Ele acordou no segundo em que a porta bateu. Sem abrir os olhos, remexeu-se na cama, um sorriso no rosto por saber exatamente onde estava, procurou Sina com o braço entre os lençóis. Vazio.

- Loira maldita. - Urrou quando finalmente sentou-se e viu que estava sozinho.

Caminhou pela suíte presidencial da jornalista e catou suas roupas, as vestindo. Dirigiu-se para o seu quarto, precisava de um banho antes de ir procurar sua demônia gostosa.

***

- Não sabia que fazia o tipo que foge, Deinert. - Noah  chegou sorrateiramente por trás da mulher, que comia seu café da manhã tranquilamente em meio aos seus pensamentos conturbados.

- Do que está falando? - Conseguiu responder após alguns segundos de delay, falhando em esconder o arrepio que a voz de Noah  causava em seu corpo.

- Não se faça de desentendida. Estou falando de fugir de mim. - O fotógrafo sentou a frente da colunista da Brightness servindo-se, sem cerimônias, do café da manhã que ela desgustava.

- Fugir de você? Há! Não me faça rir, Urrea. Apenas senti nojo por ter dormido com você.

- Nojo... Não é o que parece quando estou entre suas pernas. - Sina deixou o Quico cair por alguns centímetros, mas se recompôs a tempo de desfazer o sorriso canalha de Noah .

- Foi bom lembrar disso, queria mesmo te comunicar que não "estará entre minhas pernas" de novo. - Sua fala era carregada de tom explicativo, como se falasse com uma criança.

- Já contou quantas vezes me disse isso?

- Estou falando sério, Noah . - Ser chamado pelo primeiro nome o fez franzir a testa, agora estava tão sério quanto a loira. - Esse... Essa coisa que estava acontecendo entre a gente, acabou.

Por algum motivo o coração de Noah  saltou. Ela não estava falando sério, estava?

- Por que seria diferente dessa vez? - Não freou a pergunta.

- Porque estou com alguém, não posso mais me envolver com você.

- Alguém? Você quer dizer aquele francês... Como é mesmo o nome? - Sina revirou os olhos, cansada do joguinho que os dois faziam sobre fingir esquecer o nome um do outro.

- Joel . Sim, quero dizer ele. Então, Urrea, acabou. - Com a palavra final, Sina levantou-se deixando Noah  estático e extremamente confuso com o quanto aquilo lhe abalou.

****

O silêncio raro entre Noah  e Sina nunca fora tão incômodo. Estavam a caminho do terceiro dia de evento, aquela tarde seria uma coletiva entre os patrocinadores, organizadores e a equipe de Sabina Hidalgo. Os boatos diziam que ela estaria presente, e Sina já estava ansiosa com a oportunidade.

LUSTWhere stories live. Discover now