CAPÍTULO 15

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Um novo dia já raiava pela Cidade do México.

No entanto, Juliana ainda não havia pregado os olhos.

Não conseguia entender a dificuldade de um juiz liberar um mandato para a polícia ter acesso as câmeras de um prédio comercial. Ainda mais pela situação.

Estavam correndo contra o tempo. Quem podia dizer o que aqueles traficantes estavam fazendo com os três, com sua Vale. Só de pensar, Juliana sentia o coração acelerar e uma dor gigantesca acompanhava.

A morena já havia conversado com a mãe, que tinha ouvido notícias no jornal. A imprensa estava acampando na frente da mansão desde que alguém vazou a informação sobre o sequestro. Provavelmente os traficantes também já sabiam de todo aquele escândalo da mídia. O que eles fariam sabendo disso? Qual a chance de tudo piorar?

Eva também estava uma pilha de nervos e Juliana só podia ficar mais aflita olhando a mais velha andar de um lado para o outro.

Em algum momento o irmão de Valentina chegou e Juliana foi apresentada a ele por Eva, ao que parecia a namorada já havia comentado sobre ela a ele que não ficou nem um pouco surpreso ao ouvir "essa é Juliana Valdés, a namorada de Valentina".

Juls ainda vinha trocando mensagens com sua amiga Jade que estava muito aflita com todo o desenrolar daquela história, desde que fugiram mais cedo de Sérgio. "Eu estou aqui na frente da mansão amiga, mas tem um monte de repórter". Foi a última mensagem que Jade mandou. Juls era tão grata pelo suporte que sabia ter daquela garota. "Vou pedir para um segurança te buscar, tenta se aproximar dos portões". Respondeu.

Alguns bons minutos depois Jade estava na sala de estar dos Carvajal, sentada ao lado de Juls segurando sua mão e tentando de alguma forma confortar a amiga entre a situação.

Então com um andar apressado Eva se aproximou, o celular encostado em um dos ouvidos. Colocou a mão no autofalante de entrada por um instante.

— Eles conseguiram acesso as câmeras Juliana, parece que conseguiram uma placa de carro e um endereço – contou tão aflita quanto Juls que tinha até as pernas trêmulas, mas correu em direção da mais velha. – Eles identificaram a Valentina, o Mateo e Lucía e também o Sérgio, acham que levaram todos juntos...

— O Sérgio?! – Juliana quis saber, sem entender o que o homem fazia junto deles. Eva deu de ombros e voltou sua atenção ao celular. Juls voltou ao sofá encarando Jade. – O que será que Sérgio fazia no hotel?

Jade mordeu os lábios, sabia bem quem era o homem. Lembrava de ter salvo a amiga das garras dele, por isso não confiava nem um pouco no sujeito.

— Eu não sei amiga, mas agora essa história parece estar cheirando pior ainda...

Juliana esfregou as mãos no rosto e deslizou-as pelo cabelo. Sentia-se presa, inútil, ali.

— Eu só queria saber onde Valentina está – choramingou, a voz falhada.

— Tem um jeito – respondeu Jade. – Mas vamos estar violando um monte de regras e eu não tenho certeza se conseguimos. Mas sim, tem um jeito.

— Como?! – A morena não perdeu tempo com os outros detalhes.

— A gente pode hackear o celular de um deles, daí eu passo por um programa de localização e pronto. Sabemos onde Valentina está.

Juliana encarou Jade nos olhos por alguns segundos e então segurou a amiga pelo rosto e beijou cada bochecha.

— Você é uma gênia Jade! – Falou e precisou abraçar a amiga em todo seu furor. – Do que você precisa?

— Está falando sério Juliana? Nós vamos quebrar algumas leis, podemos ir presas...

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