Capítulo 31: Pasión Estrabão.

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Adeus ano velho, feliz ano novo... 🥳

Muito obrigada pelo ano maravilhoso!!! Foi o primeiro ano da fanfic e não poderia ter sido melhor. Espero ter feito o 2019 de vocês um pouquinho mais divertido, porque vocês, definitivamente, fizeram o meu ser incrível! Esperem muito mais de "Você de Novo?" em 2020, okay? Às vezes essa fanfic parece até um delírio meu KKKKKKKKKKKKKKKKK
E entre altos e baixos, a gente vai fazendo o que é o objetivo principal de VDN: dar muita risada! - e elevar a glicose.

Com muito amor e carinho, Madu. 

Twitter: Coastkcc

Quinta-feira, 19 de março de 2010.
Horário em Nova Iorque, Estados Unidos.

— IDIOTA, BABACA, FILHA DA PUTA!

Entrei na sala de música da Baylor cuspindo fogo pelas narinas e bati a porta com toda a força que existia em mim, soltando um grunhido irritado. Por sorte, esse lugar sempre está vazio nesses horários e eu poderia espairecer um pouco, ou faria um escândalo lá fora!

— Wow, furacão Cabello, você não pode inovar um pouquinho na hora de me xingar? Me chama de, sei lá, pintinho de Polly Pocket! — A minha teoria da sala vazia foi por água abaixo quando encontrei ali a última pessoa que precisava ver. Lauren deu um sorrisinho de lado e focou totalmente em sua guitarra, cantarolando uma música qualquer enquanto dedilhava as cordas. Ela vestia um moletom preto e estava sentada em um dos pufes, tocando calmamente. Ah, inferno! Era só o que me faltava!

— Eu não estou falando de você dessa vez, Jauregui! E não me testa! — Sentei em um dos sofás espalhados ali e escondi o meu rosto inchado e avermelhado entre as mãos, fazendo de tudo para a mais velha não o ver. Era explicito que eu tinha chorado (e muito) de tanta raiva que estava comprimindo dentro de mim, e essa idiota não perderia a piadinha quando me visse desse jeito. — Tem como você parar de tocar esse troço?!

— E quem chegou aqui primeiro foi quem? É só tampar os ouvidos, Cabumbum. — Continuou a tocar a maldita guitarra, balançando a cabeça para cima e para baixo conforme o ritmo dos acordes. — My baby don't mess around, because she loves me so and this I know for sure...— Revirei os olhos e limpei o nariz com as costas das mãos, respirando e inspirando diversas vezes em uma tentativa falha de me acalmar. A morena franziu o cenho ao me encarar e espalmou a mão nas cordas da guitarra, parando de tocar. — Você está chorando? Porque parece que alguém apertou a sua cara até amassar, tipo aquelas barbies.

Lhe fitei por alguns segundos e voltei a olhar o chão, balançando os ombros em um pedido silencioso para que ela não me importunasse e me deixasse em paz. Nem sei o porquê de eu estar aqui dividindo espaço com essa folha de papel ambulante, mentirosa, idiota e... beijadora de banheiros!

— Camila? — Chamou a minha atenção e eu continuei lhe ignorando. — Qual é, tá tudo bem?

— Não é nada, Lauren, só me deixa no meu canto. Você não deveria estar em aula agora?

— Eu não fui em nenhuma aula de História essa semana! O professor Túlio Hernandez descobriu que fui eu quem coloquei o apelido de "Tatúlio" nele e agora fica olhando pra mim enquanto mexe no nariz! — Se referiu ao nosso professor de História, Sr. Hernandez, que tinha mania de ficar limpando o salão/caçando tatu no nariz durante as aulas. Semana passada, colocaram uma foto dele no mural, e a Lauren teve a brilhante ideia de escrever "Tatúlio" no rosto do homem. Resultado? Detenção, e a mesma sequer se importou, porque ela não liga para merda nenhuma e quase não sofre consequências com seus atos. — Ei, não desvie o assunto, vamos lá, o que rolou?

— Eu já disse que não é nada!

— Tá bom! Se não quer falar, não fala. — Deu de ombros e voltou a dar atenção para a guitarra, prendendo o lábio entre os dentes de maneira concentrada. — I hope you know, I hope you know... That this has nothing to do with you... — Começou a cantarolar de repente enquanto tentava se acertar com a melodia da música, franzindo a testa. — It's personal, myself and I... We got some straightening out to do...

Você de Novo? (Camren)Onde histórias criam vida. Descubra agora