Diana
Eu tinha medo. Eu podia parecer a mulher mais segura que os Estados Unidos já viu desfilar em suas calçadas escuras. Não haviam motivos... mas eu ainda tinha medo.
Não importa quantos bandidos, assassinos, ladrões de carteira você prende. No fim do dia, havia algo tão obscuro em um passado desconhecido, que o mesmo sentimento terrível voltava a me consumir.
Era noite. Ouvia-se sirenes distantes e diversão em algum lugar próximo.
Não sei porque, mas me recordava de ter pego um homem cruel há alguns dias, um dos homens mais difíceis de se prender. Ele era escorregadio, rápido, frio. Matou cerca de quatorze mulheres, e apenas quatro corpos foram encontrados. Foi atormentador, mas não mais que saber que sua vida foi poupada por que segundo os médicos, Evan Rogers era doente mental.
Meus saltos finos eram a única coisa que cediam algum som naquele prédio frio e silencioso. A sala escura, vazia e sem vida brilhava com a luz da lua que invadia as vidraças.
Eu respirei fundo, e bati na porta antes de entrar.
Entrei, e assentado em sua mesa estava o meu capitão, Joe Holt.
— Senhor? Queria falar comigo? — Perguntei, fechando a porta atrás de mim..
— Sempre pontual, Prince. — Ele sorriu amarelo. Havia alguma insegurança. — Por favor, sente-se.
Eu me sentei diante dele, ao outro lado da mesa de madeira. Fez-se silêncio. Eu sabia que nada de bom sairia daquela reunião, sabia que Holt guardava algo que nem seu sorriso gentil podia me esconder.
— Diana, am... Eu quero parabenizar você pela prisão de Evan Rogers e...
— Com todo respeito, senhor. Eu queria pedir que fosse direto ao ponto. — Sorri-lhe amigavelmente, desconfortável.
— ... Ouviu cochichos? — Ele cerrou os dentes e franziu o cenho.
Bingo!
— Digamos que com um prédio vazio, meu comandante fazendo rodeios sobre uma reunião e uma conversa confidencial, eu não precise de "Cochichos", senhor.
— Bem... então sendo assim... — Ele suspirou profundamente. — Diana, eu estou definitivamente excluindo-a do caso de Evan Rogers. — Ele disse. Disse como fosse simples e não tão doído como Realmente fora.
— Senhor, eu...
— Você está sendo transferida, Diana. Passaremos o caso do assassino para outro detetive após a sua saída.
— ... O senhor está querendo me dizer que o meu trabalho, meu esforço, minhas noites sem dormir e colega policial morto... Isso... Isso foi tudo em vão?!
— Nada disso foi em vão, Prince. Você tirou um assassino perigoso das ruas, salvou mulheres, deu paz à famílias e...
— E o que, capitão?! E você me tira isso? Me tira... Me tira o meu trabalho? Eu não entendo.
— Não há o que entender, Diana. Não sou eu quem está ordenando. Acha mesmo que eu gostaria de perder uma das minhas melhores agentes? Não, não eu não queria!
— Senhor eu... — Me coloquei de pé de maneira abrupta, ainda pensando no meu próximo passo, pensando em como descrever a fúria e angústia que me dominaram. — Quem está designando minha transferência?
— ... você entenderá tudo quando chegar lá.
— E pra onde vou?!
— Você vai para o Hawaii. — Holt se levantou, e negou com a cabeça algumas vezes. Parecia estar decepcionado, mas sorriu seco.
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IMPLACÁVEL - Hawaii Five-O ( EM REVISÃO 🔴)
FanfictionApós a morte da misteriosa e corrupta governadora do Hawaii, Diana Prince é misteriosamente designada para trabalhar no 5-0. Ainda atormentada e movida pela morte dos pais, a agente aceita o trabalho contando com os recursos que o Hawaii tem, assim...