Entre a Dor e o Alívio

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Oi gente, só vim avisar algo aqui rapidinho.

A história ainda está seguindo o flashback do capítulo anterior, para vocês não acabarem se perdendo.

Hinata está explicando o que aconteceu antes, até o momento que ela se vê no agora.

Bom é isso e boa leitura ♥️🌺

Os minutos pareciam ter se esticado para além de seu limite

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Os minutos pareciam ter se esticado para além de seu limite. Cada segundo, que normalmente passaria despercebido, agora parecia pesar um quilo, talvez mais. Eu tinha uma dificuldade inexplicável para me mover, e ao tentar dar o primeiro passo até o banheiro, a sensação era de que o chão se afastava de mim. Eu não sentia nada. Nem dor, nem alívio, apenas um vazio imenso que consumia minhas forças. Só me dei conta disso quando a água do chuveiro tocou minha pele fria.

A sensação de calor foi quase um choque. Fechei os olhos e deixei que a água morna lavasse as lágrimas que ainda restavam, embora eu soubesse que meu rosto já estava seco. Tentava me convencer de que tudo isso era passageiro, que eu conseguiria superar. Mas, por mais que tentasse ser racional, as memórias voltavam como um filme que não parava de rodar, trazendo à tona a imagem do homem que estava na sala minutos atrás. Uma sensação de impotência se instalava a cada lmbrança.

Depois de me secar, me encarei no espelho, tentando buscar alguma segurança no reflexo. Mas nada ali parecia certo. Talvez fosse o cansaço, ou talvez a insegurança estivesse se manifestando com força, como uma onda que não se pode parar. Mas a verdade é que eu não me via como antes, não via beleza em mim, não via nada que me fizesse sentir bem.

Respirei fundo e coloquei o melhor sorriso que consegui. Era o sorriso que eu tinha que usar, o sorriso que era esperado de mim. Saí de casa, tentando esconder o turbilhão que se passava dentro de mim. No fundo, eu estava morrendo de vergonha, sentia que minha vida estava exposta, mas, por fora, tentei parecer tranquila, como sempre. Cumprimentei meus vizinhos, com um sorriso forçado, sem saber de onde tirei a coragem para fazer isso. Eles pareciam desconfiados. Seria possível que tivessem escutado alguma coisa? Eu não sabia, mas a sesação de que algo estava errado me incomodava.

Andei pela vila sem um destino certo. Eu só precisava sentir o vento no meu rosto, o ar entrando nos meus pulmões, como se isso pudesse me dar alguma sensação de vida. No apartamento, eu não conseguia respirar direito. O ar estava pesado, e eu só queria fugir, se afastar daquele lugar que parecia ter se tornado uma prisão invisível. Mas, como o destino gosta de brincar com a gente, meus passos me conduziram até o restaurante favorito dele.

O mesmo lugar onde rimos pela primeira vez juntos, onde Chouji e ele me desafiaram para uma competição de comida. Lembrei-me de como foi bom naquele dia, do quanto me senti viva. Eu queria, de alguma forma, reviver aquela sensação, mas algo me impedia de entrar

"Hina?" A voz de Temari me fez sair de meus devaneios. Eu estava parada na frente do Ichiraku, olhando fixamente para o restaurante, sem perceber que estava ali por mais tempo do que deveria. "Está tudo bem?"

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