Acabei de ser apanhada? A fotografar um rapaz?
Porque raio fotografei um rapaz afinal?
Mas ele estava tão sereno, com a rapariga no colo. E o seu sorriso era mesmo de chamar as atenções.
Não me pode culpar, ele é que devia ter um sorriso mais feio.
As chaves na fechadura. Porta a abrir-se.
O meu nariz quase se esborratou contra a minha mãe. Quando ia desculpar-me gestualmente, os meus olhos pousaram no seu casaco de cabedal e na sua mala preta prendida entre os seus dedos.
Levantei uma sobrancelha confusa.
"Vais sair?" Gesto ei.
Ela sorriu-me; um sorriso enorme que levou o meu coração a fugir pela porta ainda aberta.
"Vamos todos sair."
Ri-me secamente. "Não, não vamos."
"Isso é que vamos."
"Mas acabei de sair." As minhas feições em formas de reclamação.
"E irás voltar a sair," ela não disse, "e não reclames Kyra."
O meu nome foi mencionado, as suas faces estão levemente mais rígidas. Estava na hora de recuar.
Sorri com os dentes. "Só vou guardar a máquina."
Ela assentiu dando-me a passagem.
Em frente ao carro perguntei-lhe onde iriamos.
"O Paul disse que existe ali um parque agradável para se estar."
Os meus olhos ampliaram. Eu não posso voltar ali, e se ele ainda estiver lá?
"Não podemos ir ao parque."
A minha mãe arqueou as sobrancelhas.
"E posso saber porquê?"
"Porque," fui apanhada a fotografar um rapaz que ainda ali deve estar pois sai à cerca de sete minutos do local do crime, "não gosto de parques; detesto crianças, e a relva verde; quer se dizer é desprezante."
Sorri.
A minha mãe soltou uma gargalhada surda. Surda porque eu era surda.
"Não sejas tola. Tu adoras parques."
"Um facto novo sobre mim," sorri-lhe gesto-ando, "eu adorava."
A minha mãe procurou os meus olhos. Estava pronta a derrubar os meus argumentos.
"Vamos ao parque e ponto."
"Mas," pausa, "e as crianças?" Os meus olhos e boca em beicinho.
Ela simplesmente rolou os olhos sorrindo, e entrou no carro.
Foi a minha vez de os rolar.
Argumentos não funcionavam.
Paul entrou no carro pouco tempo depois. Iriamos de carro a um parque de dez minutos? A pé?
A minha mente corria. Precisava desesperadamente de alguma coisa.
Agora é que podia ter vontade de vomitar. Bem, talvez estivesse a exagerar. É só um rapaz quero dizer. Que fotografas-te.
Mas não é que ele vá realmente falar comigo certo? Certo. Até porque ele só poderia gesto ar, a minha mente acrescentou.
Descontrai.
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Breathe || H.S
FanfictionUma rapariga surda, e um rapaz numa cadeira de rodas. O que pode correr mal? --------------- Uma história onde claramente prova ser difícil perder hábitos aos quais o coração não se quer desapegar.