Três

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Acabei de ser apanhada? A fotografar um rapaz?

Porque raio fotografei um rapaz afinal? 

Mas ele estava tão sereno, com a rapariga no colo. E o seu sorriso era mesmo de chamar as atenções. 

Não me pode culpar, ele é que devia ter um sorriso mais feio.

As chaves na fechadura. Porta a abrir-se.

O meu nariz quase se esborratou contra a minha mãe. Quando ia desculpar-me gestualmente, os meus olhos pousaram no seu casaco de cabedal e na sua mala preta prendida entre os seus dedos.

Levantei uma sobrancelha confusa.

"Vais sair?" Gesto ei.

Ela sorriu-me; um sorriso enorme que levou o meu coração a fugir pela porta ainda aberta.

"Vamos todos sair." 

Ri-me secamente. "Não, não vamos."

"Isso é que vamos."

"Mas acabei de sair." As minhas feições em formas de reclamação.

"E irás voltar a sair," ela não disse, "e não reclames Kyra."

O meu nome foi mencionado, as suas faces estão levemente mais rígidas. Estava na hora de recuar.

Sorri com os dentes. "Só vou guardar a máquina."

Ela assentiu dando-me a passagem.

Em frente ao carro perguntei-lhe onde iriamos.

"O Paul disse que existe ali um parque agradável para se estar."

Os meus olhos ampliaram. Eu não posso voltar ali, e se ele ainda estiver lá?

"Não podemos ir ao parque."

A minha mãe arqueou as sobrancelhas.

"E posso saber porquê?"

"Porque," fui apanhada a fotografar um rapaz que ainda ali deve estar pois sai à cerca de sete minutos do local do crime, "não gosto de parques; detesto crianças, e a relva verde; quer se dizer é desprezante."

Sorri. 

A minha mãe soltou uma gargalhada surda. Surda porque eu era surda.

"Não sejas tola. Tu adoras parques."

"Um facto novo sobre mim," sorri-lhe gesto-ando, "eu adorava."

A minha mãe procurou os meus olhos. Estava pronta a derrubar os meus argumentos.

"Vamos ao parque e ponto."

"Mas," pausa, "e as crianças?" Os meus olhos e boca em beicinho.

Ela simplesmente rolou os olhos sorrindo, e entrou no carro.

Foi a minha vez de os rolar. 

Argumentos não funcionavam.

Paul entrou no carro pouco tempo depois. Iriamos de carro a um parque de dez minutos? A pé?

A minha mente corria. Precisava desesperadamente de alguma coisa.

Agora é que podia ter vontade de vomitar. Bem, talvez estivesse a exagerar. É só um rapaz quero dizer. Que fotografas-te. 

Mas não é que ele vá realmente falar comigo certo? Certo. Até porque ele só poderia gesto ar, a minha mente acrescentou.

Descontrai.

Breathe || H.SOnde histórias criam vida. Descubra agora