"Posso ter aquele bolo pai?" Ela pediu apontando.
Os seus pés saltavam com o pedido.
"Claro querida." O seu pai sorriu.
Uma senhora aproximou-se de ambos com uma caixa de donuts nos braços.
"Vamos embora?" Ela disse.
A pequena olhou para o seu pai. A senhora não levava o seu bolo. O bolo que ela pediu.
"E o bolo?" Os seus olhos em suplico, os seus lábios prontos para a birra.
O seu pai olhou para ela sorrindo. "Não te preocupes que iremos levá-lo para casa."
As suas feições rebentaram de alegria. Iria ter um bolo da minie, mesmo aquele que ela queria.
A senhora olhava para ela com olhos confusos. "O que esta ele a fazer?" Ela perguntou-lhe.
A menina sorriu com os seus pequenos dentes.
"A ser o melhor pai do mundo."
-
O sol a bater na minha cara, o despertador a morrer por baixo da minha almofada. Já era de manhã.
Sentei-me com as cobertas pendentes nos meus joelhos. Cocei a cabeça como quem escondia algo.
Isto é tão frustrante.
Farta daquela rapariga a atormentar os meus sonhos. Quando é que isto acaba? Quando aquilo acontecer?
Mais um dia de vida.
Mais uma noite de sonhos.
Mais uma ida para a escola.
Mais professores cheios de gestos e aulas incompreensíveis. Não acredito que isto é tão difícil.
Passaram-se três dias desde o primeiro dia de aulas.
As aulas começaram a complicar quando estes sonhos começaram a piorar logo no segundo dia. Estava fora de controlo.
Gostava que não se tornassem tão seguidos. O desgosto começava a matar-me por dentro.
Aquele sorriso de felicidade era tão miserável, insignificante agora.
Suspirei sacudindo as cobertas por cima da almofada que ainda me chamava.
Prometo-te, almofada, que irei voltar brevemente, a minha mente comunicou dramaticamente.
Não me ia por a gesto ar para uma almofada; quero dizer, eu já era estranha. Mas isso seria levar a coisa à letra.
A água do duche já se encontrava quente, o que causou um sorriso pequeno nos meus lábios.
Virando-me bruscamente para a porta, ir buscar a minha toalha. Levei comigo uma caixa de cotonetes.
Argh! A minha mente gritava.
Quem raio pôs isto aqui? Vou demorar uma eternidade a apanhá-los.
Bufando e apanhando, demorei dez minutos. Podia parecer muito, mas cotonetes são tão irritantemente pequenos, caiem quando se apanha um, e são irritantes; ponto.
A minha mãe encontrava-se no meu quarto a dobrar a minha roupa deixada espalhada pela cama.
"Ainda não estás vestida?" Ela perguntou-me.
"Sim mãe, hoje é o dia do pijama na faculdade." Brinquei com ela.
Ela não pareceu gostar.
"Estás atrasada Kyra, não me queiras ver chateada."
VOCÊ ESTÁ LENDO
Breathe || H.S
FanfictionUma rapariga surda, e um rapaz numa cadeira de rodas. O que pode correr mal? --------------- Uma história onde claramente prova ser difícil perder hábitos aos quais o coração não se quer desapegar.