Nove

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"Eu gosto do baloiço pai." 

O seu pai olhou lentamente para o brinquedo preso em correntes.

"E porque não vamos subir um?"

A menina sorriu com todo o prazer. Era exatamente o que ela queria, subi-lo.

Mas algo a prendia.

Os seus pés pararam a caminhada, o seu pai não pode deixar de reparar.

"O que aconteceu meu amor?" 

Mordeu os lábios com ansiedade. Não podia dizê-lo em voz alta.

"Amor, podes dizê-lo."  Sorriu-lhe. Aquela linha de dentes perfeitos convidava-a a falar.

Ela abriu a boca e logo a fechou.

O seu pai apertou-lhe a mão mais próxima e sorriu em forma de coragem.

"Eu tenho medo." Finalmente disse.

"Medo do quê?" Ele parecia surpreso.

Os seus lábios a serem agredidos novamente, fabricando feridas.

"De cair."

"Mas se caíres tu levantas-te amor. Do chão tu não passas, eu prometo."

Ela sorriu com os dentes que tinha. Mas mais algo a preocupava.

"E se eu me magoar?"

"Ora amor, qualquer ferida externa sara." Sorriu. "No dia que uma interna te magoar; deves seguir sempre em frente."

"Porquê?"

"Porque ela nunca desaparece amor, tu apenas tens de aprender a suportá-la. Tens de aprender a viver com ela."

"Porquê?"

"Um dia eu conto-te."

Sorriu-lhe. Ela retribuiu.

Mesmo não percebendo a conversa ela percebeu que era uma lição que mais tarde lhe tocaria. E ela assim saberia exatamente o que fazer.

"Agora vamos." Pegou-lhe nas suas mãos pequenas e levou a menina ao seu destino.

O baloiço foi decididamente o melhor brinquedo para ela.

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"Devias parar de olhar para a mesa." Lisa gesto ou.

Olhei-a  confusa mas logo percebi. Tinha sido apanhada a observar a mesa onde Harry costumava estar. Mas hoje ele não estava.

"O que acham que aconteceu?"

Ellie encolheu os ombros e Lisa gesto ou.

"Ele foi operado hoje Kyra, não deve aparecer até à próxima semana."

Operado? Foi por causa disso que ele disse que hoje não me iria ver? Porque não me disse ele que ia ser operado? 

Mais importante, porque não me respondeu ele ontem a noite?

"Mas ele foi já operado?" Gesto ei.

"Óbvio." Lisa deu de ombros.

Eu precisava de falar com ele. Eu precisava de lhe contar acerca da surdez, não podia esperar que ele voltasse para a escola.

Ele ia passar-se comigo.

O meu rosto começou a desanimar com a ideia.

A verdade era que ele não ia querer olhar mais para a minha cara; quase de certeza.

Breathe || H.SOnde histórias criam vida. Descubra agora