• 14 de abril de 2011
é tão irritante o barulho do despertador em plena 6:30 da manhã. o maior esforço que eu faço todos os dias, é me levantar rapidamente e desativar aquele som agonizante em repetição, e depois me atirar com tal brutalidade em minha cama nada confortável, apenas para "descansar os olhos" por mais 5 minutos.
ouvir a voz da minha avó esse horário, ainda mais que ela apenas diga coisas desnecessárias e inúteis que apenas serve para tentar me ofender de alguma forma. é, nunca funciona esse método dela, não dou a mínima a essas características que ela impõe a mim, eu sei quem eu sou e o que faço, a única habilidade que ela consegue praticar com sucesso é me irritar.
de olhos fechados, eu me levanto e dirijo até meu armário, nesse meio caminho eu chutei uma pilha de roupas no chão. é deprimente como eu largo todas as minhas roupas no chão durante a semana por preguiça de dobrar elas e guarda-las em meu armário. apenas nos finais de semana eu arrumo meu quarto.
quando chega sexta-feira, meu ânimo para fazer qualquer coisa é de grande escala, afinal, não tenho aula de final de semana, significa que não terei que me preocupar com mais nada, além de fechar a janela no final da tarde devido a quantidade em excesso de insetos que entram pela minha janela. sim, eu tenho fobia de insetos, palhaços e bonecas.
logo após vestir meu uniforme desgastado, vou em direção a cozinha para preparar o meu típico café da manhã diário, ovos mexidos e leite com banana, eu enjoei de ovos mexidos mas continuo comendo todos os dias pela razão de ser saudável, bom, foi o que eu li na internet.
meu dia é tranquilo até o momento em que minha vó chega na cozinha aos berros, nesse momento eu gostaria de estar com meus fones de ouvidos para colocá-los e ouvir música no volume máximo. no mesmo instante eu termino de almoçar, e em seguida, me retiro da cozinha sem dar ouvidos a algo que ela resmungou.
colégio booles
onde estudo e frequento o terceiro ano do ensino médio, não é o melhor lugar com as melhores pessoas, sempre há aqueles inconvenientes. eu sou como um fantasma nos corredores desse colégio e não estou desmerecendo essa posição, é melhor que estar no centro das atenções. eu não converso, pouco participo das aulas, desgosto de fazer trabalho em grupo e não presto atenção em nenhuma palavra sequer que meus professores estão dizendo.
semana passada, eu entrei no banheiro masculino e os gemidos estavam num volume de grande intensidade que antes mesmo de abrir a porta eu estava escutando, adolescentes e seus hormônios à flor da pele, não julgo, gostaria de estar fazendo o mesmo mas no momento, prefiro me dedicar em recuperar as notas baixas que tirei no bimestre passado.
eu segui meu caminho em direção ao espelho do banheiro mesmo com aquelas pessoas desconhecidas fazendo tal ação que eu também não fazia ideia e nem queria saber, eu lavei o rosto e por longos minutos fixei meu olhar a imagem que o espelho refletia da minha aparência física, nada mal e nada extravagante.
eu gosto do que vejo ao me olhar no espelho. minha epiderme é da cor branca e possui a maciez da pele de um bebê. meus ombros são largos e minha clavícula é saltada. meu corpo é magro e minha cintura tem uma curva formidável. meu cabelo é tingido de azul-celeste, seu tamanho é curto e minha franja se extende até a altura das minhas sobrancelhas. meus dedos são longos e finos, combinam com as minhas unhas que tem o formato de unhas de bruxas pintadas na cor preta que está desbotando, tem um certo charme. eu não possuo pálpebra dupla devido minha descendência asiática, quando eu sorrio (esse evento não acontece há um longo tempo) meus olhos se fecham e formam uma linha delicada, é até fofo. meus lábios são carnudos e minha boca tem o formato de um coração, uma das minhas partes favoritas em mim. meu rosto é fino mas não é magro, tenho bochechas rosadas que me irritam, mesmo que eu passe uma quantidade exagerada de base para cobrir, ainda sim fica aparente quando estou envergonhado.
VOCÊ ESTÁ LENDO
looking for an answer
Teen FictionYukimera é um garoto que tinha certa admiração pelo mundo e tudo que o habitava até o trágico momento da morte de sua mãe. Anos depois, ele vê a si mesmo encurralado a acreditar que há possibilidade de resgatar o brilho em seu olhar que perdeu há u...