Desesperado para evitar a vergonha de ser plantado no altar, Colin Vaughn escolhe a pessoa mais aleatória que encontra para sua noiva, sua assistente, Ariela Smoak.
Ariela vê no casamento uma solução para a única coisa que prefere manter em segredo...
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Quatro crianças irrompem pela sala a correr, a pequena de cabelos loiros se esconde atrás dos móveis, mas o som da campainha a faz levantar, curiosa e é descoberta. Ela corre pela sala a fugir do miúdo perseguidor enquanto faz tempo para Zelda abrir a porta e ver quem vem visitar o orfanato. Há dois anos que ela espera por uma visita que nunca chega e a cada toque da campainha seu coraçãozinho palpita e uma chama de esperança acende nela.
- Crianças, vão brincar no quintal, eu já disse que não quero correrias aqui dentro. - Zelda as repreende enquanto vai abrir a porta.
A pequena Mirella espera e quando a porta abre e vê que não é quem esperava que fosse, não é só o brilho dos seus olhos que apaga, é o triste suspiro que solta a se render a mais uma desilusão. Não é sua mãe na porta, é um homem, alto e forte, vestido a rigor.
- Não fica triste, Ella, da próxima vez que a campainha tocar será a tua mamã. - sua amiga Inswa sussurra para ela com o bracinho no seu ombro.
Ariela assente com a cabeça e, mais uma vez, arruma sua esperança de volta no seu peito, e elas saem a correr e juntam-se aos amiguinhos para brincar no quintal.
Não demora e Zelda chama por ela, a aperta num abraço forte e diz que alguém muito especial a quer ver.
O homem visitante sorri e se ajoelha para estar à sua altura quando ela fica em frente a ele.
- Olá Mirella, tudo bem?
Mirella faz sim com a cabeça a olhar timidamente para o homem.
- Você está uma mocinha. E muito bonita
A menina remexe seus dedinhos a olhar timidamente para o homem.
- Mirella, o que se diz quando se recebe um elogio? - Zelda pergunta como repreensão ao silêncio dela.
- Obrigada! - ela responde e o homem sorri.
- Mama Z tem tratado bem de ti?
- Ela me dá papa de banana para comer. - ela diz.
- E você gosta de papa de banana?
Ela faz sim com a cabeça.
- Quando minha am vier me buscar vai trazer papa de banana também. Para mim e bombom. Eu posso te dar para provar se quiser. Você gosta de papa de banana?
O homem sente seu coração apertar de tanta emoção. Queria chorar e sorrir ao mesmo tempo. Talvez abraçar a menina e dizer o quanto a ama, o quanto está feliz por vê-la em pessoa, inteira e saudável - e falar do quanto ela se parece com a mãe.
Tanta saudade ele sente da sua Assuh, sua linda e destemida princesa que a vida lhe deu da forma mais conturbada possível, e tomou de igual maneira, sem lhe dar sequer a chance de estar ao lado dela para cuida-la e dar seu carinho, segurar na sua mão e tornar a sua partida menos solitária.