Desesperado para evitar a vergonha de ser plantado no altar, Colin Vaughn escolhe a pessoa mais aleatória que encontra para sua noiva, sua assistente, Ariela Smoak.
Ariela vê no casamento uma solução para a única coisa que prefere manter em segredo...
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
Seu coração pulsava descontroladamente contra o peito enquanto olhava aterrorizada para o homem a sua frente. Não havia sido como imaginou que seria o pior dia da sua vida, mas o pavor que sentia naquele momento fazia os seus pesadelos parecerem uma pequena cena de suspense.
Ariela deixou cair o frasco de pomada que trazia na mão e recuou alguns passos, mas seu corpo não respondeu. Não se deslocou nem por um só milímetro. Estava congelada, tão dura como se tivesse virado uma estátua de pedra por olhar para medusa a sua frente com as milhares de serpentes a sibilar na sua cabeça.
Eles a encontraram. Assim, sem procurar por ela a encontraram. Simplesmente havia caminhado até o inimigo e ele olhava para ela, certamente fantasmado com sua maldita sorte.
Omar abaixou-se para apanhar o frasco, girou-o para ler o rótulo antes de o direccionar a ela.
- Desculpa, acho que isto é seu - disse, e sorriu - Marhaba! (Olá!)
Ela tremeu e não conseguiu mover sua mão para receber o frasco nem reagir de alguma forma.
Omar a encarou de volta, buscando entender o que se passava e puxar sua imagem da cabeça.
- Conhecemo-nos de algum lugar? - perguntou. Mas dizia para si mesmo que era pouco provável. Não conhecia pessoas como ela. Tão... Exóticas.
- Oh, encontraste o que procuravas? - a moça do atendimento parou ao seu lado e olhou para o frasco que Omar entregava a Ariela, tomou-o - Este é bom e quase natural. Vai fazer bem a sua pele. Vai levar?
Ariela despertou com a chegada da moça e percebeu que Omar não a estava a reconhecer. Boa. Devia ser o seu visual. Mas também, se calhar ele nem sabia quem ela era.
- Sim, vou. - respondeu e seguiu a moça para o balcão. Pagou pela pomada olhando discretamente pelo ombro para ver se eles se aproximavam e saiu apressada da farmácia quando percebeu que o homem que estava com Omar, Muta'sim, ia ao seu encontro.
Acelerou mais o passo quando lhe viu segui-la.
- Ei, pára aí. Só queremos falar. - gritou ele, o que só a fez acelerar mais, entrar na primeira rua que encontrou e correu para se esconder atrás de uma cabine de telefone e ali ficou. O tempo parecia parar e andar tão de vagar, totalmente descompassado com a velocidade e força dos batimentos do seu coração. Eles eram tudo o que ela ouvia. Ariela espiou o homem confiado de Omar Al-Faheem e lhe viu, no fundo da rua, a ir em sua direccao, até receber uma chamada que lhe fez abortar a perseguição e retornar.
Ainda mal acreditava que havia escapado, o alívio de quase escapar da captura doía tanto quanto o pavor de ser pega e não se aguentava manter em pé que ficou de cócaras, apoiada na cabine enquanto puxava o ar e tentava se recuperar, mas tudo o que conseguia era chorar ainda mais.
Eles estavam ali. E esteve de frente com eles. Ainda sentia calafrios só de pensar nisso e lembrar do rosto de Omar - era mais frio do que nas fotos que via na internet e artigos da indústria.