No dia seguinte, o motorista de Vicente foi buscar Laura.
- Bom dia senhorita Laura! Eu vim lhe buscar para levá-la ao trabalho. O meu nome é Boris.
- Bom dia Boris! É apenas Laura.
Laura gostou de Boris. Muito simpático, com seus aproximadamente cinquenta anos e aquele ar de pai. O pai que morreu quando ela ainda usava fraldas.
- Vamos Laura?
- Vamos Boris. A firma é bem longe daqui.
Os dois foram conversando sobre o Rio de Janeiro, que Laura praticamente não conhecia. Laura sempre ia visitar a tia Irma com a mãe, porém ficavam todo o final de semana na casa da tia. Sua mãe ia com ela de carro no sábado pela manhã e voltavam para Mendes domingo à noite. Só saíam no domingo pela manhã para irem à missa.
A mãe de Laura era diretora de uma escola municipal e orientadora educacional de uma escola particular. Trabalhava muito e a sua filha fazia faculdade.
A mãe de Laura não demoraria a se aposentar. Depois de aposentada, ela compraria uma casa no Rio de Janeiro e se mudaria com ela. No Rio, Laura teria mais campo de trabalho.
Boris e Laura chegaram ao estacionamento da firma ao mesmo tempo que Cristiano. Ele não perdeu tempo.
- Bom dia Laura! Como vai? Pelo que vejo muito, chegando com o motorista do chefe. Isso que é mordomia!
- Bom dia Cristiano! Eu estou bem, obrigada. Com licença!
Laura dirigiu-se ao elevador rapidamente. Cristiano tinha que atravessar o pátio para chegar ao prédio. Laura subiu fumegando. Ainda bem que Adriana ainda não havia chegado. Ela só vivia de cara amarrada para Laura.
Quando Laura entrou na sala Vicente já estava lá e levantou-se para cumprimentá-la com um beijo nos lábios.
- Bom dia querida! Você está nervosa! O que houve?
- O Cristiano! Nós chegamos no estacionamento ao mesmo tempo e ele veio com deboche por me ver chegando com o Boris.
- Aquele verme que não te ofenda ou ele vai saber o que é ficar desempregado.
- Ele não é bastante competente? Não é muito importante na fábrica?
- Sim, ele é muito competente, mas não é por isso que eu vou permitir que ele é te ofenda. Eu tenho assuntos para tratar com ele, então colocarei as coisas no lugar. Sonhou comigo?
- A noite toda! E você, sonhou comigo?
- O pouco que eu consegui dormir sonhei.
- Você não conseguiu dormir? Porquê?
- Porque eu ficava imaginando como deve ser maravilhoso beijar você apaixonadamente.
Vicente falou isso e abraçou Laura. Ela tremia em seus braços, tão nervosa estava.
Laura nunca havia tido intimidades com nenhum homem, nem beijar um rapaz ela havia beijado, apesar da sua idade. Vicente beijou Laura passando a língua nos seus lábios com carinho.
- Laura, eu estou louco por você ! Eu queria saber o que você sente por mim.
Laura deitou a cabeça no peito dele.
- Ah Vicente!
Vicente beijou novamente os lábios de Laura. Um beijo ainda mais molhado.
- Hoje nós vamos almoçar com um cliente. Vamos convencê-lo a fechar parceria com a nossa firma.
- Tudo bem! Eu vou fazer o esquema de gastos para apresentarmos ao cliente.
- E eu preciso já passar o esquema de produção para o Cristiano. Eu vou me reunir com ele na fábrica.
Quando Vicente saiu dirigiu-se à Adriana.
- A doutora Laura ficará no escritório e eu vou até à fábrica. Atenda-a imediatamente quando for solicitada por ela.
- Sim senhor doutor Vicente!
- Vicente saiu e Adriana fez cara de desdém. Ela ligou para Cristiano avisando que Vicente estava indo para a fábrica.
Cristiano iria tocar no assunto Laura com Vicente.
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