Uma dose de mel dentro do fel_ parte 7.0

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A neve caía intensamente do lado de fora, enquanto eu estava inerte em pensamentos, observando os flocos tocarem o vidro da janela. Era noite, tudo estava tão silencioso, agradavelmente silencioso.

Toquei o anel no meu dedo, podendo sentir a pequena pedra brilhante, um presente inusitado de Chen. Queria entender o motivo dele fazer aquilo, se era apenas uma brincadeira, ou forma para me enganar.

Ele disse que devíamos nos casar e achei aquela ideia absurda, casar com meu sequestrador, mas Chen era tão diferente, como um pequeno ponto brilhante dentro da escuridão, que possa ser a saída, ou uma armadilha.

De repente ouvi o som da porta do quarto se abrindo, então virei a cabeça e ele adentrou o recinto, coçando a cabeça, enquanto tirava o grosso casaco. O encarei por alguns segundos e ele ergueu a cabeça, finalmente notando minha presença.

__ Olá?! _sorriu.

__ Oi... _respondi fraco, abaixando a cabeça e encarando o anel. __ O que isso significa? _questionei sem o encarar.

__ O quê?

__ Esse anel! _girei o mesmo no dedo.

__ Significa o compromisso que tenho com você! _ergui a cabeça e voltei a lhe encarar.

__ Sou sua prisioneira e não me conhece... _ele deu passos em minha direção. __ Isso não é real!

__ Pra mim é muito real! _nos encaramos, então Chen se ajoelhou na minha frente. __ Busquei por você durante eras e agora que cheguei ao fim, o seu rosto é o último que desejo ver! _meu coração bateu acelerado e apesar de negar a mim mesma o que estava sentindo, o coração era traidor.

__ Você me ama, Chen? _questionei e ele beijou minha mão com o anel

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__ Você me ama, Chen? _questionei e ele beijou minha mão com o anel. __ Mas você vai morrer e me deixar sozinha! _seus olhos se ergueram.

__ Me desculpe... _logo sua cabeça repousou sobre meu colo, sentando no chão, como um menino em busca do colo da mãe.

Às vezes aquelas situações criadas por ele me confundiam, como se Chen estivesse tentando parecer bom, ou simplesmente talvez ele fosse. Minha cabeça girava em um looping infinito de dúvidas e medo.

Por um tempo permanecemos naquela posição, eu apenas sentada, enquanto ele tinha a cabeça repousada sobre meu colo. Sua respiração era lenta, Chen estava cada vez com a saúde frágil e em parte me preocupava.

Mesmo um pouco hesitante, pus minha mão em sua cabeça, alisando suavemente seus cabelos. Eram muito macios e por horas ficamos ali mesmo, apenas aproveitando a companhia um do outro.

__ Você comeu? _depois de alguns minutos ele quebrou o silêncio.

__ Sim e você?

__ Estou sem apetite... _parei o cafuné e lhe encarei séria.

You Can Call Me Monster (Livro 7)Onde histórias criam vida. Descubra agora