Cap. 8

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- Luke P. O. V. -

Esses foram os meses mais difíceis da minha vida.

Até perdi a conta de quantas noites eu fiquei sem dormir.

A mudança para minha casa trouxe uma certa estabilidade a minha vida, mas o processo até aqui não foi nenhum pouco fácil. Bom, ninguém disse que seria.

A essa altura eu já havia me livrado de tudo o que era da Chloe, provavelmente essa foi a parte mais difícil, mas a partir do momento em que decidi que mandaria suas coisas embora, eu realmente o fiz.

Fotos nossas que se encontravam em porta retratos estampando nossos melhores sorrisos, agora se encontravam em caixas. É melhor assim.

Estou me saindo bem, melhor do que imaginava que estaria. Aliás, meses atrás eu jamais me imaginaria bem assim.

Não vou negar que a presença da minha mãe foi e ainda está sendo essencial para tudo isso, além de tudo ela está se divertindo muito sendo avó.

Nem imagina o quão grato sou por ela ter deixado temporariamente a vida na Austrália para tomar conta de nós.

Hope já é um bebê que engatinha por toda a casa murmurando palavras que só ela sabe o significado.

Calum insiste em dizer que ouviu ela falar "Cal", todos concordamos que ela não quis realmente dizer isso, mas não há quem tire essa ideia da cabeça dele.

Estou tentando dar o máximo de mim para ser um pai presente e não perder nenhum mísero segundo desse crescimento dela. Acho que estou conseguindo.

Não tive mais pesadelos ou crises de ansiedade como tinha antes, parei de beber naquelas quantidades absurdas e até voltei a compor.

Tenho saudade dos palcos, mas ainda não é a hora de voltar a pisar neles. Sinto que estou colocando as coisas no lugar, aos poucos.

Claro que ainda dói, ainda choro, ainda sinto falta, muita falta, mas estou progredindo e me sentindo bem.

Feliz é um pouco forte demais para descrever.

- Calum P. O. V. -

Eu e Michael passamos a manhã toda no escritório dos produtores tentando resolver milhares dos problemas que tínhamos, e felizmente boa parte deles de fato foi.

Saímos de lá contentes e eu dirigi em direção a casa de Lanna para passarmos o dia juntos, como combinado.

Dirigi alguns minutos pelas ruas movimentadas de Los Angeles e logo já estava no prédio onde ela vivia.

— Lanna? — bati a porta de seu apartamento — gatinha?

— Calum! — ela abriu um lindo sorriso assim que abriu a porta. Não demorei a entrar e ir ao seu encontro num beijo cheio de saudades — senti sua falta meu amor, demorou pra aparecer essa semana.

— Foi mal, tava tentando resolver alguns probleminhas da parte chata da banda com o Mike — revirei os olhos.

— Sério? Então quer dizer que vocês estão voltando da pausa ou...

— Na verdade não. O Luke ainda meio que ainda não sai da toca. Ele disse que tá bem melhor, tia Liz nos confirmou mas ela prefere que a gente não fique indo muito lá, sabe, pra dar um tempo a mais pra ele. Mas a gente não respeita muito isso — dei de ombros.

— Logo logo vocês voltam... e a Hope?

— Hope? É o bebê mais fofo desse mundo, Lanna, você tem que ver! Ela tá quase andando, da última vez que fui lá ela até disse "Cal".

— Como você é babão! Eu duvido muito disso mas tudo bem. Mal posso esperar pra brincar com ela — ela riu — e você amor? Como está?

— Bem, me sinto muito melhor, achei que não conseguiria lidar com tudo isso, mas estou bem.

— Fico feliz com isso meu amor... — me abraçou e fiz questão de roubar beijo.

— Tá vendo?! As coisas estão voltando pro lugar, acho que não tem problema eu te apresentar pra eles.

— Tem certeza? Não é melhor esperar mais um pouco?

— Fica tranquila, eles vão amar você.

— Olha, eu tenho uma ideia a respeito disso, mas antes vamos almoçar porque eu to morrendo de fome.

— Fechado.

***

— Então... Qual era sua ideia? — falei me jogando no sofá com ela assim que terminamos de lavar a louça.

— Bom, como você sabe meu aniversário é no sábado que vem, certo? — assenti — tem uma amiga minha que é filha do dono de uma boate e ela vai fechar o camarote de lá só pro meu aniversário.

— E você ia me contar isso quando?!

— Hoje... Enfim, sobraram algumas pulseiras, o que acha de levar os meninos e as namoradas deles?

— Acho ótimo, eles adoram uma festa, vão aceitar na hora.

— Que bom Cal, mal posso esperar pra conhecer todos eles! — ela sorriu.

E assim passamos o resto da tarde juntos, até que ela teve que ir para a faculdade e eu fui embora.

Ghost Of Past | LRHOnde histórias criam vida. Descubra agora