Ghost Of Past | LRH

Cap. 10

- Luke P. O. V. -

— Cal! — ela veio até ele assim que o viu — oi pessoal tudo bem?

— Lanna esses são Michael, Crystal, Kaytlin, Ashton e Luke. E gente, essa é a Lanna — Calum nos apresentou.

— É um prazer finalmente conhecer todos vocês! — ela disse com um sorriso no rosto.

Lanna parecia ser bem simpática, ela até perguntou sobre a Hope e minha mãe.

Em poucos minutos já tínhamos ficado amigos dela.

Permanecemos sentados nos sofás por um bom tempo, apenas rindo, conversando e bebendo. Eu me sentia confortável com aquelas pessoas, o ambiente parecia agradável, eu gostava das músicas que tocavam, os assuntos eram legais, tudo parecia perfeito, até demais.

Até que eles resolvem descer para dançar e só restam Ashton, Kaytlin e eu na mesa.

Eles tentam de todas as formas possíveis me incluir na conversa paralela deles, e eu tento participar. Ficamos nisso até que o assuntos parecem acabar e um silêncio constrangedor se instala.

Sei que queriam estar lá com os outros mas estão aqui para que eu não me sinta excluído.

— Vamos dançar? — Ashton fala.

— Podem ir.

— Você não vem?

— Não — dou de ombros.

Eles não insistem muito e logo descem para a pista.

Se Chloe estivesse aqui, ela não admitiria que eu ficasse sentado enquanto tem "música boa tocando".

Flashback On

— Amor, vamos dançar um pouquinho?

— Ah não Chloe... — falei preguiçoso.

— Por favor, amorzinho... — fez carinho no meu cabelo — eu não me arrumei o dia todo pra ficar aqui só sentada bebendo — ri da sua cara emburrada.

— Beber comigo é tão ruim assim?

— É se tiver música boa tocando e eu estiver muito afim de dançar.

Eu não era muito de dançar mas eu não resistia aqueles olhos azuis quando me pediam algo.

— Tá... — Revirei os olhos e ela sorriu me puxando pelo braço.

Descemos as escadas e em pouco tempo estávamos na pista, dançando com nossos corpos colados enquanto eu sentia seu típico perfume se destacar em meio a tantos outros aromas presentes no local.

— Eu sabia que você ia gostar! — nós rimos e ela me beijou fazendo questão de morder o piercing que eu ainda tinha na época.

Eu queria poder congelar o tempo para ter a visão daquele sorriso para sempre.

— Chloe eu...

Seus olhos eram tão brilhantes, algo dentro de mim me implorava para terminar a frase presa na garganta, mas ao mesmo tempo, era algo muito forte, eu tinha medo de dizer isso a ela e machucá-la algum dia por isso ou até mesmo sair machucado. Mal sabia eu que ficar calado me destruiria muito mais.

— O que Luke?

— Esquece, não era nada — eu a beijei novamente e continuamos curtindo aquela noite como se fosse a melhor de nossas vidas.

Flashback Off

A falta dela ainda me afetava profundamente, isso era notável.

Chloe era um fantasma do passado que sempre que eu dava um passo para a frente, ela surge para que eu dê dois passos para traz.

Desci as escadas pouco me importando se esbarrava em algumas pessoas, e antes que eu me desse conta já estava do lado de fora da boate finalmente podendo respirar um ar mais puro.

Me encostei na parede do estacionamento ao lado do meu carro, olhando para as estrelas e sentindo o choro escorrer. Sensação que eu não tinha a um bom tempo.

Porque ela ainda me afetava? Já faz tanto tempo desde que ela se foi. O que falta para eu seguir em frente de vez? O que falta pra ela sair da minha cabeça?

Tantas perguntas... Nem que eu ficasse por aqui o resto da noite elas seriam respondidas.

Enquanto eu me perdia em milhares de pensamentos bebendo um gole do meu copo vez ou outra, uma garota apareceu correndo com os saltos nas mãos e se aproximou para entrar no veículo ao lado, mas ambos ficamos estáticos quando nossos olhares tristes se encontraram.

Depois de poucos segundos de contato visual, ela entrou dentro do seu carro mas o mesmo não se movia.

Mais do que ninguém, eu sabia o quão frustrante era sofrer sozinho, não tinha como continuar ali parado quando bem ao meu lado alguém passava pelo mesmo.

Quando olhei dentro do veículo, notei que ela estava com a cabeça entre os braços debruçada sobre o volante, não hesitei em bater na janela.

Ela levantou a cabeça para me olhar e não pude ignorar a cena da maquiagem escorrendo pelo seu rosto.

— O que você quer? — perguntou abaixando o vidro.

— Você tá bem?

— Tanto quanto você — sorriu sarcástica — da pra tirar a sua mão daí pra eu fechar o vidro? — suspirou irritada.

— Como quiser...

Apesar de querer ajudar, eu tinha que respeitar o espaço dela.

Poucos minutos depois, a porta do carro é aberta e ela sai de lá segurando uma garrafa de vodka e se encosta na parede do meu lado. Pegou o copo da minha mão e bebeu todo o resto do líquido sem dizer uma palavra sequer enquanto eu observava a cena curiosamente.

— Estamos fodidos, não é? — ela finalmente diz.

— Mais do que parece — nós rimos e ela abriu a garrafa enchendo o copo.

— Qual o seu nome loiro?

— Luke, e o seu?

— Madison.