- Luke P. O. V. -
Eu e Madison começamos a conversar e eu acabei contando a minha história a ela, sobre como eu tinha chegado até aqui.
— Nossa... Eu... Não pensei que pudesse ser por esse motivo.— Essa é a primeira vez que saio de casa pra me divertir e olha como a minha noite acabou.
— Chorando com uma estranha no estacionamento — nós demos risada — o meu problema parece bem pequeno perto do seu...
— Uma amiga me disse uma vez que o meu sofrimento não vale mais do que o dos outros. Foi péssimo de ouvir aquilo, principalmente porque é verdade.
— Faz sentido... Nós nunca sabemos o que tem dentro de cada um pra julgar a forma como se sentem. Esse é o grande mal das pessoas...
— Eu tenho olhos sobre mim o tempo todo, observando cada passo meu pra me intitular uma má pessoa no primeiro tropeço que eu der. As vezes é muita pressão pra aguentar sozinho.
— Essa é a sua maior insegurança, não é?
— No momento, eu diria que sim.
— Então somos dois... — completei o copo e continuamos bebendo.
— Foi mal...
— Pelo que?
— Eu fiquei aqui falando da minha vida e nem te deixei falar o por que tava chorando.
— Eu só tive uma discussão com o meu namorado, não foi grande coisa.
— Mas o que houve?
— Ele só... Fala as coisas sem pensar as vezes. E nem sempre eu to preparada pra ouvir — voltamos a ficar em silêncio.
— Quer ouvir uma música?
— Por que não... — deu de ombros.
Abri meu carro e a chamei para entrar. Madison se sentou no banco ao meu lado e colocou os pés sobre o painel me fazendo rir da atitude.
— O que você sugere? — perguntei.
— Me surpreenda — ela sorriu.
Ela não me conhecia como artista, nem sequer sabia que eu fazia parte de uma banda, o que era uma ótima oportunidade de fazer uma amizade com alguém pelo que eu sou realmente além de fama.
— Vou por pra tocar uma banda que eu gosto bastante e você me diz o que acha — sincronizei meu celular com o rádio e logo se podia ouvir as melodias dentro do carro.
— Parece interessante, que banda é essa?
— 5 Seconds of Summer.
— Fala sério, esse nome é péssimo — ela riu.
— Ei, não é não! As pessoas subestimam muito eles, principalmente pelas músicas mais antigas que não são as melhores, mas você vai descobrir que não muito bons.
— Tudo bem, podemos dar uma chance ao 5 Seconds of Summer.
Depois de acabar com uma garrafa inteira de vodka e ouvir dezenas de músicas dos mais diferentes artistas possíveis, já estava quase amanhecendo.
— Não acredito que ficamos aqui a noite inteira.
— Nem eu... Já são 5:00 da manhã, eu preciso ir, já to ficando com sono — abriu a porta do carro e saiu — valeu Luke, foi legal te conhecer.
— Eu que agradeço, eu não me divertia assim a meses.
Ela sorriu e entrou no veículo ao lado. Fiquei observando ela ir embora até que me lembrei de algo importante.
Eu não estava tão bêbado assim, afinal.
— Madison? — corri até ela antes que desse partida.
— Sim?
— Seu telefone... Me passa? — perguntei meio sem jeito — ah e eu to sem bateria.
— Relaxa, eu devo ter uma caneta em algum lugar... Aqui!
Ela tirou uma caneta no porta luvas, anotou seu telefone em um guardanapo que achou e me entregou.
— Se quiser sair pra almoçar qualquer dia desses, é só entrar em contato — assenti.
E assim foi embora me deixando sorridente.
Eu estava feliz por tê-la conhecido. Desde o começo ela se mostrou confiável e sincera, tenho o pressentimento de que seremos grandes amigos.
***
Acabo de chegar em casa e tento fazer silêncio para não acordar ninguém. Vou até meu quarto onde minha mãe e Hope dormiam tranquilamente.
Peguei algumas coisas e desci até o quarto de hóspedes onde tomei um banho e adormeci até que o barulho das panelas e o cheiro do almoço me acordassem.
Ao ir até a sala a primeira coisa que vejo é Hope cercada de almofadas assistindo a um desenho.
— Oi princesinha, fizeram isso pra você não fugir, foi? — ela sorriu — vamos lá ver o que a vovó tá fazendo pro almoço.
Peguei ela no colo e fomos para a cozinha onde minha mãe preparava uma Lasanha, meu prato preferido.
— Olha só quem acordou... Se divertiu bastante pelo jeito.
— É, eu me diverti sim — o que não deixava de ser verdade.
— Fico feliz com isso querido — ela sorriu orgulhosa — vamos focar no nosso almoço? Você sabe que vou embora hoje.
— É... vou morrer de saudade — a abracei mais uma vez.
— Você sabe muito bem que podem me visitar quando quiserem, aquela casa ainda é sua, Luke.
— Claro que eu sei mãe, e eu pretendo ir pra lá assim que minha vida voltar ao normal.
Nós tivemos um almoço agradável e tranquilo. Eu ajudei minha mãe a lavar a louça e à tarde eu também a ajudei a terminar de arrumar as coisas dela e quando já estava escurecendo a campainha tocou.
— Oi gente — dei passagem para entrarem.
— E aí Luke, viemos nos despedir da tia Liz.
— Chegaram bem na hora, o táxi pro aeroporto já vai chegar.
Eles entraram e se despediram da minha mãe e quando o táxi chegou fui com ela ajudar a colocar as malas no carro.
— Tchau filho, mamãe vai sentir muito sua falta! — me abraçou apertado — me promete que você vai ficar bem meu amor?
— Eu prometo mãe, obrigado por tudo, já to com saudades, principalmente da sua comida — nós demos risada.
— Quando você menos esperar eu volto, mas quero te ver lá primeiro!
— Pode deixar.
— E você trate de cuidar bem da minha neta, viu? Se não eu volto pra buscar ela e levar comigo até Sidney! — eu ri — olha, e eu quero que você me mande foto de tudo o que ela fizer de novo.
— Tudo bem mãe, vou mandar foto, fazer facetime... Pode ficar tranquila.
— Agora eu preciso ir amor, fica bem.
E assim ela entrou no táxi voltando a vida dela depois de passar meses comigo só para ter certeza de que eu e Hope ficaríamos bem.
É, eu tinha a melhor mãe desse mundo.
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Ghost Of Past | LRH
FanfictionEssa história é uma continuação de "Ghost Of You". "If I can dream long enough, you'd tell me i'd be just fine. I'll be just fine."