Um

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Minha vida se tornou uma loucura.

Eu finalmente conseguia compreender na prática o princípio da terceira lei de Newton, onde diz que toda ação gera uma reação. Eu sei que é a melhor forma para se aprender alguma coisa é na prática, mas não era exatamente assim que eu imaginava que seria aprender em uma aula prática de física.

Meu nome é Israel.

Rael para os amigos mais próximos.

Só para constar, sim, é exatamente isso que você leu. Eu beijei o namorado da minha melhor amiga. Por que eu fiz isso? Eu não sei. Juro que eu não sei. Você deve estar pensando agora que eu sou um fura olho do caralho, o amigo mais filho da puta e traíra que você poderia conhecer. Um verdadeiro cuzão. Bem, não tiro a sua razão de pensar assim de mim, afinal de contas eu dei um bom motivo para isso e no fim das contas acho que acabo sendo isso mesmo.

Antes de tudo para me defender, ok, tudo bem, não tenho um argumento válido para me tirar dessa confusão toda em que eu acabei me metendo. Minha amiga, de verdade, não merecia o que eu fiz com ela. Ela sempre foi um anjo na minha vida. O nome dela é Bri, abreviação de Britânia. Só para constar, não, não estamos sendo patrocinados aqui, apenas vemos uma mãe apaixonada por uma marca e desesperada por um nome diferenciado e original.

Somos amigos desde o maternal. Estudamos por anos na mesma escola, sempre juntos, até crescermos e pegarmos gosto pela amizade. Ela foi a primeira pessoa a quem eu me assumi gay antes até mesmo de contar para a minha família sobre o assunto. Nossos laços de amizade eram muito fortes e é por isso que eu nunca deveria ter feito o que eu fiz com ela. Eu deveria ter pensado ao máximo antes de me deixar levar por aqueles malditos olhos profundos e penetrantes.

O que eu posso dizer em minha defesa é que o namorado da minha melhor amiga era uma verdadeira tentação. Sei que isso não justifica minha atitude sem consideração, mas me dá pelo menos um motivo para ter feito o que eu fiz. Não estou querendo dizer que os fins sempre justificam os meios, pois isso não é verdade, apenas quero que percebam que estou arrependido do que eu fiz por mais justificativas que existam para certas ações.

Bem, vou contar-lhes agora como tudo isso sucedeu. Quem sabe assim vocês possam entender melhor toda essa confusão e o motivo que me levou a fazer o que eu fiz e talvez vocês até possam compreender o meu lado e como esse meu erro, meu maior erro, continuaria me assombrando como um fantasma enquanto houvesse vida em mim.

Minha devassidão tem um nome e chamava-se Erick. Ele possuía uma pele cor de chocolate com cabelos negros e encaracolados num corte moderno, sendo bem aparado dos lados, enquanto em cima ficava cheio, destacando seus belos cachos. Seus olhos também eram tão escuros quanto seu cabelo e carregavam um brilho profundo e especial, quase como se tivesse olhando para o céu à noite iluminado pelas estrelas, mas o que realmente me extasiava era o sorriso dele, entre aqueles lábios carnudos e bem delineados, seus dentes tão perfeitos que se destacavam entre aquela pele chocolate e sua boca, ah, a sua boca era como a cor da própria luxúria, sendo completamente avermelhada.

Eu nunca imaginaria a confusão na qual eu iria me meter antes de me meter. Nem nos meus sonhos mais loucos aquilo se passaria pela minha parte cabecinha. No meu senso normal, eu nunca olharia para o namorado de uma amiga minha, ainda mais a Bri, que era praticamente como a minha irmã e minha única amiga, mas quando eu estava perto de Erick, era como se eu mergulhasse profundamente numa dose infinita de álcool que me tirava completamente de mim e me fazia ser uma criatura completamente irracional e inconsequente de todo o globo.

Tudo começou em um belo dia de sábado. Eu estava no banheiro pronto para bater a minha punheta matinal, quando a tela do meu celular é invadida pela ligação insistente de Bri. Eu não sabia o que ela queria e no momento tudo que me interessava era achar um bom pornô gay para assistir enquanto aliviava as tenções do meu corpo. As ligações de Bri foram bem insistentes, era quase como se ela soubesse que eu a estava ignorando de propósito. Eu sabia que não ia poder dar continuidade àquilo, meu pênis também, de modo que começou a voltar ao seu repouso, então resolvi atender a ligação tenaz de Bri.

Amiga, beijei o seu namoradoOnde histórias criam vida. Descubra agora