Conectados aos novos elementos.

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Estando os dois ali na areia, ainda, Mark passava a mão pelo rosto do menor, ajeitando seu cabelo.

Mark:

- Você acha que seria bom, se tentarmos desenvolver, de alguma forma, nossos dons?

Bambam:

- Você diz "agora"?

Mark:

- Sim, a gente pode tentar, né?

Bambam:

- Vamos dar um mergulho antes, hein? - Disse ele, enquanto acariciava a bochecha de Mark.

Mark:

- Vamos.

Já correndo, nus, na praia eles vão ao mar. O barulho de ambos mergulhando se fez ouvir.
Eles estavam nadando, despreocupados, numa noite tão iluminada pelas estrelas e a lua.

Eram exatamente 23:40 do dia 25, Johun já estava no aeroporto esperando por seu vôo, que sairá as 0:30 da madrugada.
O tempo de paz dos garotos estava se findando.

Passado um tempo, ambos tinham saído do mar, Bambam trouxe algumas toalhas e eles já tinham se secado, estavam sentados, já de bermudas, mas ainda sem camisas.
Eles observavam a imensidão e toda a beleza que o oceano lhes dava naquele instante.

Bambam:

- Vamos tentar fazer como o monge nos disse, respirar fundo e fechar os olhos.

Mark:

- Certo.

Bambam:

- O que acha de tentarmos ir até a beira onde a água só bata em nossos pés, talvez se fizermos isso, poderemos nos comunicar ou ficar conectados junto ao oceano.

Mark:

- Isso parece tão impossível sabe, no mundo atual em que vivemos, seres humanos não tendem a observar mais como antes, esse lado espiritual ou até mesmo sobrenatural do seu corpo.

Bambam:

- Ainda existem pessoas que possam se preocupar com esse lado de si mesmo, é uma boa forma de se conhecer, mas é como você diz, não é como já foi um dia.

Mark:

- De certo modo, eu sinto que se as pessoas tentassem se aprofundar em si mesmas, poderiam achar respostas pra tudo o que precisam, ou quase tudo o que elas querem.
Acho que, o mundo poderia ser mais diferente, percebi que depois de termos dado importância a isso, nós estamos evoluindo. Fico feliz por isso, eu me sinto cada vez mais dono de mim, mas também me sinto confortável e seguro sempre ao seu lado, ou quando me lembro que tive a incrível oportunidade de te conhecer e de que tenho você comigo.
E eu sou grato a tudo por isso.

Uma lágrima havia escorrido sobre seu rosto.

Bambam:

- Não chore, eu concordo com suas palavras.
Me sinto mais firme agora, depois daquela noite que ficamos olhando o céu e a noite juntos, eu fiquei mais forte a cada dia que se passou. Tudo isso graças a sua ajuda e também, até a mim mesmo, tenho mais vontade de viver agora, sinto meu peito ardendo de coragem e entusiasmo. - Respondeu, já olhando para a lua.

Eles se levantaram, estavam de mãos dadas, já perto do mar as águas batiam em seus pés.
Elas vinham e voltavam para dentro do mar novamente.
Com as duas mãos juntas, eles se olhavam, estavam confiantes de si mesmos, chegaram em um nivel de confiança um ao outro de tamanha imensidão que nem mesmo o oceano poderia se comparar a eles.

Respirando fundo, fecharam os olhos, um vento vem e os rodeia, as ondas que estavam agitadas se acalmam, os garotos tinham suas mentes totalmente ligadas a luz, estavam mais uma vez brilhando.

Saíram das matas, os vagalumes, que se achegaram aos dois, o vento calmo balança seus cabelos. Os meninos abrem os olhos e notam que tem visitas minúsculas agora.
Sorrindo e ainda com suas peles reluzentes, ambos olham o céu, a lua estava imensa, brilhava tão quanto eles.

As estrelas naquele momento, fizeram do céu, o mar, e mergulhavam, fazendo assim uma chuva de meteoros, os meninos se admiravam com a beleza que presenciavam ali.

O dia se findou, eram exatamente 0:00 agora.
Mark se lembrando, disse a Bambam:

- Vamos fazer um pedido.

Bambam acena positivamente com a cabeça.

O silêncio dos dois se fez presente, Mark e Bambam terminaram seus pedidos e abriram os olhos mais uma vez.
Um vento impetuoso veio em direção a Mark, a sensação que tinha, era de que havia uma bola de neve dentro de si mesmo.
Ele foi levado em pensamento até um hospital, estava de dia, via alguém na cama, não reconhecia a pessoa, mesmo se esforçando, falhava.

Ele olhava para a janela do quarto hospitalar, agora era levado até Tawain, onde via uma casa em meio a grande cidade, lá ele podia ver a silhueta de duas pessoas na sacada da casa.
Bambam e ele estavam lá, ele via ambos sorrindo com seus gatos e cachorros, tinha uma pequena menina no colo de Mark, agora também, ele via um futuro não tão distante.

Voltando a si, ele vê a lua novamente em sua frente, Mark tinha se conectado ao elemento vento.
Nas duas cenas em que foi levado, ele pode sentir tudo o que se passava, mas teve uma breve e certa interpretação de tudo, para que os dois pudessem realmente estarem juntos em total harmonia, deveriam passar por um momento de difícil, que seria superado com certa dificuldade, mas acima de tudo, Mark ouviu do seu coração: "seja forte".

As águas que vinham sobre os pés dos dois estavam agora já agitadas novamente, Bambam parecia estar em transe, seus olhos ficaram brancos, estava se conectando com o oceano.

Cada movimento, cada corrente marinha, todas as criaturas e toda profundidade do mar, estava dentro dele. Bambam se identificou tanto com o elemento que seu corpo suava. Voltando a si e com a cor normal de seus olhos, ele respirou fundo e aliviado, não se sentia cansado, mas sim forte.

Mark:

- Bambam, eu quero te mostrar algo.

Bambam:

- O que é?

Se concentrando, o mais velho então lança ventos fracos, mas com grandes intesidades de memórias e sentimentos em Bambam.
O vento trouxe consigo as vezes que eles riram, os momentos que tiveram juntos em toda a carreira até agora, vieram imagens atuais onde eles se beijavam, jogavam juntos e seus momentos quentes.
Ele fez com que o mais novo sentisse tudo, fez com que Bambam sentisse seu dom, apesar de ser algo bem emocionante.

Bambam chorava, sorrindo, mas desta vez, ele o diz:

- Minha vez.

Ele apontou para o mar, Bambam estava fazendo movimentos com a mão, esculturas de água se formaram, eram duas pessoas juntas, junto deles, uma menor, alguns animais, as esculturas pareciam estar admirando a imensidão do céu estrelado e a lua.
Assim como eles.

Mark:

- Por que me mostrou isso?

Bambam:

- É o que as correntezas me mostraram. Foi a única imagem que pude presenciar, eu tenho certeza que isso vai acontecer. Não há dúvidas.

Mark sorria e contemplava o quão incrível era ver aquilo.

Continua

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Continua.

Eu vou te ajudar (Markbam)Onde histórias criam vida. Descubra agora