Batismo de fogo

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Poucos dias depois da mudança do general, os oficiais se reuniram para discutir os detalhes da guerra á partir daquele momento

O que era claro até aquele momento era o fato de que estariam em menor número numa proporção de trinta para um se atacassem a capital da província

Inicialmente os oficiais estavam conversando entre si na reunião, Lillya havia falado com outros três capitães brevemente, mas sem decidir nada sério antes que o general chegasse

Quando o general Allen entra na sala, todos os oficiais levantam e fazem uma reverência antes de se sentarem novamente, o general afasta a cadeira da mesa e abre o mapa da ilha sobre a mesa

A ilha é assustadoramente grande para a escala de exércitos, tinha um milhão e cem quilômetros quadrados

-Senhores, bom dia, como foi decidido na reunião anterior, nosso objetivo é a capital da província norte

Disse Allen, apontando para o ponto no mapa que indica a cidade, um dos oficiais responsável pelo reconhecimento se manifesta

-essa daí tem muros médios, mas a questão são os soldados, os domovanos montaram defesas e uma rede de comunicação robustas ao redor da cidade, se nos aproximarmos eles vão saber na hora, sem falar que estamos em péssimos números para um ataque

O general olha para o mapa com um rosto preocupado

-eles poderiam nos expulsar daqui á qualquer momento, vou pedir apoio da capital imediatamente

A reunião acabou em consenso

Lillya depois se encontrou numa tenda de comando com os outros três capitães que ela havia conhecido no inicio da reunião, um jovem com um bigode ralo e cabelos escuros, um mais velho, com uma barba curta loiro, e um de olhos verdes, Lillya não lembraria do nome de nenhum deles no fim da guerra.

Todos foram direto da sala para a tenda e se sentaram num silêncio desconfortável por alguns minutos, até que a elfa quebrou o silêncio

-então, ninguém vai falar nada?

-Falar o quê? Se nos mandarem pra cidade com nossos números atuais estamos mortos

Disse um dos capitães, outro também se manifestou

-Eles podem estar em até sessenta mil na cidade, aqui mal temos dois mil

Lillya logo respondeu

-E quantos soldados Eterium tem? Tenho certeza de que não precisam de meio milhão para combater a guerra civil

Um dos capitães retrucou

-Se não precisassem teríamos muito mais soldados aqui

A conversa acabou por mais uns minutos, com os capitães compartilhando uma garrafa de vinho

Lillya fez questão de encher o copo para todos os outros capitães, antes de reiniciar a conversa

-teríamos mais chances de sobreviver se coordenássemos nossos exércitos individualmente

Disse a elfa, um dos capitães deu um gole no vinho antes de responder ao comentário

-Oque você quer dizer com isso?

Lillya colocou o copo na mesa e fez com que os capitães se aproximassem para ouvi-la

-Vamos unificar nossos soldados num único exercito, treinar eles pra caralho, e fazer um grupo de elite de quatrocentos soldados, daí se Eterium perder aqui nós podemos fazer uma força maior e voltar como heróis, ou se ganharmos podemos fazer um estrago maior e virarmos heróis de qualquer jeito

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