Marcha para a vitória

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O exercito de Eterium se preparava para avançar, era manhã e pouco mais de cinco mil continuariam na cidade para manter o controle, enquanto os outros quarenta e cinco mil marchariam sul em direção á capital

A movimentação era intensa na cidade, caixas e equipamentos eram movidos, navios eram consertados e carregados

Lillya estava no pátio, muitos destroços já haviam sido retirados e algumas poucas cabanas de madeira já haviam sido construídas

-Vamos! Coloquem as cargas nos navios! Afiem suas espadas e desamassem seus escudos!

Gritou a elfa, ela deixaria o comando da cidade nas mãos do general Allen, e iria ela própria comandar o fronte de batalha

A garota foi até o general e o cumprimentou com uma continência, que foi retribuída, ela comunicou os detalhes para ele e então foi encontrar seus companheiros na tenda

Camille estava afiando uma lança numa pedra, Aurum comia seu café da manhã, um pão, uma batata assada e um copo de cerveja, enquanto Argentum colocava sua armadura

-Vocês vão ficar aqui?

Perguntou Lillya, camille terminou de afiar a lança e apoiou a mesma no chão

-É claro que não, a gente entrou nessa pra ir até o fim

Respondeu Camille, a garota de longos cabelos esverdeados falava com uma voz sedutora e olhar manso, como uma cobra assoviando antes de atacar

-Eu não vou ficar aqui sentada! Quero ir também!

Disse Aurum, enfiando os últimos pedaços de batata na boca

-Certo então, se arrumem e encontrem o resto da tropa no portão, Até mais!

Disse Lillya, saindo á passos apressados resolver outras questões

Longe dali na capital de Eterium, a guerra civil percorria as ruas, soldados de armadura lutavam contra camponeses parcamente armados, com nada á perder além de seus próprios corpos, pois nem de suas vidas eram realmente donos

O general Rumiel estava na linha de frente de um desses combates, á sua frente haviam dez mil camponeses, armados com lanças improvisadas, facas e instrumentos de colheita e jardinagem, o ódio genuíno em suas faces vinha de uma vida inteira de sofrimento

Rumiel perfurou o peito de um deles com sua lança, antes de atravessar a perna de outro com a mesma

Ele lutava uma guerra perdida, por um rei que não merecia sua coroa

O general rasgou a garganta de outro camponês, o sangue espirrou em sua face por de trás do escudo

Ele gritava palavras de ordem para os soldados, que o seguiam na batalha sangrenta

Rumiel estava cansado

Ele queria parar

-Parede de escudos! Formação tartaruga!

Os soldados confusos instintivamente mudaram a formação para a pedida, uma formação de pura defesa, o tempo, que parecia lento, de repente pareceu se acelerar

O som dos camponeses golpeando contra o metal era ensurdecedor, uma lança entrou na formação e arrancou o capacete do general, sem o ferir gravemente

-SOLDADOS! ERGUER A BANDEIRA BRANCA!

Mais uma vez os homens ali estavam confusos, a batalha até então estava fácil, e eles não haviam perdido muitas unidades, mas a ordem era clara e absoluta, e em meio á formação, uma bandeira banca amarrada na ponta de uma lança se ergueu

A Coroa de CinzasOnde histórias criam vida. Descubra agora