capítulo 3

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Se fosse pra simplificar tudo em uma só frase esta seria: Eu vou morrer.

Óbvio, todos morrem algum dia, mas eu sei quando e sei que pior de tudo vou morrer sem se quer saber como é estar viva.

Tudo começou quando eu tinha 14 anos, eu fiquei muito doente e nenhum hospital sabia o que era. Então meus pais tiveram que mudar para Chicago em busca de tratamento especializado, e foi aí que toda a correria começou. De início eu ficava duas semanas e era liberada, depois tinha que voltar e era liberada novamente, ninguém dizia ao certo o que eu tinha, só me davam instruções e aquela conversa difícil de médico. Foi então que levaram meu problema a uma universidade que fica em Connecticut, e então descobriram que eu tinha Leucemia Mileóde Águda. O tipo mais raro de câncer, e muito mais raro ainda no meu caso, porque além de não acontecer muito só acontece em pessoas idosas, mas aconteceu em mim.

Ninguém tinha presenciado um caso desses e o meu tratamento era uma fortuna, o que resultou na venda da minha antiga casa. Meus pais trabalhavam em dobro e eu os via pouco, então a minha Tia por parte de pai vinha ver como eu estava todos os dias. Até que um dia ela parou de vir, e os meus pais também, ninguém queria me contar nada, mas nunca mais eles viriam.

Eles voltavam pra casa, estava tarde e estava chovendo, um motorista bêbado apareceu do nada dirigindo em alta velocidade e...

Nesse dia me liberaram, eu pude ficar 6 meses em casa por supervisão de Ember, a minha enfermeira e Cleo, minha Tia.

Mas depois disso tive que voltar, e o meu aniversário de 17 foi na cantina com todos os médicos e enfermeiros.

Essa é a história, mas apesar de eu odiar ser eu, eu estou viva. E de acordo com Ember, eu tenho que agradecer à Deus.

Meu novo caminhoOnde histórias criam vida. Descubra agora