capítulo 11

1.2K 143 33
                                    

Brooke

Um silêncio se estarreava pelo quarto me deixando aflita, eu não ouvira a voz de Caty e nem uma voz que fosse. Estiquei meu pescoço para tentar ver se tudo havia ocorrido bem, mas só a vi de costas olhando para algo que não estava no alcance da minha visão.

― Caty ― chamei. ― Tudo bem?

Até que ela se vira assustada mostrando as duas mulheres de cara emburrada.

― Quem é essa? ― perguntou uma mulher de cabelos castanhos.

Ela se aproxima da janela me olhando com fúria. ― O que você está fazendo com a minha Catherine?

A olho sem saber responder. Minha Catherine? A Catherine era um objeto agora?

Ela deveria ser Cleo, a tia de Caty que só a visitava de mês em mês. Ember a enfermeira também estava lá, com aquela cara rechonchuda e feia como sempre. Ela me olhava me desprezando dos pés a cabeça, me estiquei para entrar no quarto e tentar ajudar Caty a resolver o problema.

―Vamos conversar senhorita, mas não aqui. ― ela disse abrindo a porta para que eu saísse. Caty tentou nos acompanhar mas Ember a repreendeu dizendo que ela não estava convidada a ouvir a conversa.

Quando entramos em uma sala Ember trancou a porta enquanto Cleo me encarava. ― O que você acha que está fazendo com Catherine? ― disse Cleo

Eu permanecia calada evitando quaisquer desentendimento.

― Você acha que está fazendo um favor a ela? Que está a ajudando? Pois não cabe a você decidir isso, ela é a MINHA responsabilidade não sua. Você não pode decidir pra onde ela vai e de onde ela sai, você não tem direito. Eu posso processar você, sabia disso?

― Pode me processar, pode me pedir todo o meu dinheiro, eu não ligo! E sabe pra quem eu ligo? Para a pessoa que está na sua responsabilidade, pois ela sim que devia decidir o que quer da vida! Ela não é um cachorrinho com a pata quebrada que precisa ficar onde mandem que fique. Ela é uma pessoa que merece ter suas escolhas e EU sei que ela não escolhe passar o resto da vida em um hospital.

― Você pode dizer o que quiser, isso não muda o fato de você ter feito uma barbaridade de tirar uma pessoa que precisa de ajuda para leva-la por aí sem acompanhamento médico. Você se diz gostar tanto dela mas será que não percebes que VOCÊ ESTÁ A MATANDO.

Fiquei calada sentindo uma pontada na garganta, ela doía me obrigando a chorar, mas eu não iria, não era eu que estava matando Caty, não era eu.

― se você gosta tanto dela como diz, tem que deixa-la, em que você ou ela ganharia? Abra os seus olhos menina, ela está morrendo, não implore por uma luta que não é sua, fuja desse sofrimento. E não é só você que se fere, fere a Catherine também você pode não imaginar, mas ela fica todos os dias pensando no quão sofrerão por ela e ela não quer que isso aconteça a mais ninguém, não faça com que Catherine fique triste se sentindo culpada pelas pessoas que ela vai deixar, não faça isso com ela, não faça isso com você.

Senti as lágrimas escorrendo sem freios, abaixei minha cabeça não conseguindo esconder que eu não sabia o que estava fazendo.

― Você tem que prometer para mim que não verá mais Caty.

A olhei devagar com as lágrimas pingando na ponta do meu queixo.

― Por Caty, prometa pra mim que não vera mais ela.

eu prometo.

Meu novo caminhoOnde histórias criam vida. Descubra agora