capítulo 8

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O engraçado é que eu nunca tinha falado assim com ninguém, e com Catherine foi tão fácil como se não houvesse problemas em confiar nela ou não.

―Eu acho que vou dar uma visitinha a você mais tarde.

― É, eu preciso dessas coisas lá dentro é muito chato. - ela disse fazendo uma careta.

Trevor chegou com o galão cheio de gasolina. ― Ja meninas, agora vai.

Nos levantamos apressada, e fomos bem rápido até South Louis, já ia dar quatro horas da manhã e a Enfermeira de Caty iria chegar em uma hora.

A ajudei a subir pela janela, ela trocou de roupa bem rápido, me devolvendo o vestido.

― até mais tarde.― ela sussurrou enquanto saia em direção ao seu quarto.

Catherine

Assim que deitei na cama capotei, dormi e acordei dez horas da manhã. Ember ja estava em meu quarto arrumando algum remédio. Levantei coçando os olhos.

― Eu nunca vi você acordar tão tarde. Que horas foi dormir ontem?

Gelei ao ouvir a pergunta e me certifiquei que não tinha ironia na frase e que ela não sabia de nada.

― Cedo, mas eu estava cansada.

Ela murmurou um "hum" e me deu meus remédios matinais. O Domozinapam que faz com que eu não vomite nada que eu como, pq sem ele é isso que eu faço.

O Fermedobinazol que me dá mais imunidade, pq o meu sitema não produz mais.

Eles me deixam meio grogue, no início eu ficava quase meia hora parecendo uma bêbada quando falava alguma coisa, hoje em dia eu aguento mais.

Tomei um banho e fiquei lendo algumas revistas, e me lembrei que a Brooke disse que me faria uma visita, isso seria muito bom. Nós ja estamos nos dando bem, e eu a conheci ontem.

Uma amiga seria ótimo na minha vida, mas não sei se na vida dela alguem que está na situação em que eu me encontro seria uma boa.

― Oi oi oi ― ela disse sorrindo na porta. Ember parou o que estava fazendo e fez uma tremenda cara feia.

― Você não pode entrar aqui.

―Eu posso sim, porque de acordo com a justiça eu estou trabalhando.

Ember me olhou incrédula.

― Ember, por favor. ― eu disse e ela se retirou com raiva.

Brooke riu e sentou na minha cama.

― eu não sabia que você tocava. ― ela disse olhando para o violão no canto do quarto.

― eu não toco, isso eu ganhei mas eu não o uso.

aut: escutem a música agora

Ela se levantou e pegou o violão, se sentou em um puff que ficava a frente da minha cama e começou a tocar.

― Se chama hey there Delilah

Ela começou a tocar algumas notas e a cantar, ela olhava para o violão, enquanto sua voz suave formava um par perfeito com o som que saia dele, ela dedilhava delicadamente as cordas e a melodia era tão bonita, um sorriso sereno saia da sua boca sem que percebesse.

O Doutor Carter que passava por ali, parou e entrou no quarto para ouvi-la cantar também, logo em seguida algumas enfermeiras entraram também, e ja eram umas dez pessoas dentro do quarto que pararam para assisti-la, ela parecia ainda nem notar que todas essas pessoas haviam entrado.

Ela tinha uma voz rouca e suave, e todas as notas so faziam as pessoas suspirarem por ela cantar tão bem.

A música falava sobre um cara que gostava de uma garota, e que ele fazia planos pra ver ela todos os dias.

Meu novo caminhoOnde histórias criam vida. Descubra agora