The One That Got Away

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----Shawn----

- NÃO! EU TAMBÉM TE AMO! LUIZA! LUIZA FALA ALGUMA COISA! NÃO! Não! - Gritei desesperado ao ouvir aquele barulho. Eu conhecia aquele barulho de arma sendo disparada. Amanda entrou no quarto correndo e me encontrou aos prantos. - Luiza... Por favor... - Minha voz falhou.
- Shawn o que está acontecendo?! Você ouviu ela?! Você falou com ela?! SHAWN FALA ALGUMA COISA!
- EU ACABEI DE OUVIR ELA MORRER AMANDA! ACABEI DE OUVIR ALGUÉM ATIRAR NELA! - Berrei desesperado e ela começou a chorar. Ela morreu.
- Isso... Isso... Eu vou chamar alguém. - Ela saiu correndo do quarto desesperada. Em pouco tempo o meu desespero tomou conta do dormitório inteiro, todos nós estávamos juntos, todos perguntando de mais, falando de mais. Uma mensagem chegou no meu telefone e eu pedi silêncio. Era aquele mesmo número.
"Há 1 km do campus."
Sai correndo daquele lugar e ouvi os meninos vindo atrás de mim. Ouvi Aaron falando com os policiais que já haviam sido chamados e logo eu estava sendo seguido por canos altos pesados. Meus soluços e a minha pequena esperança ainda estavam ali e eu só queria pensar que eu chegaria lá e ela estaria bem. Não pode ter acontecido nada. Não pode. Depois do que pareceu uma eternidade correndo, vi uma silhueta jogada no chão e corri mais rápido, mas ao me aproximar, me arrependi profundamente de ter acelerado. Vi um corpo sem vida e cheio de sangue. A palidez da pele era assustadora e aquele brilho comum nos olhos dela não estavam mais lá. Virei o rosto e chorei mais ainda. Senti os braços de Cameron passarem por cima dos meus ombros e depois um grito agudo veio por trás de mim e Amanda passou do meu lado correndo.
- NÃO! QUEM FEZ ISSO?! LUIZA! NAO NAO NAO NAO!
Cameron foi até ela e a abraçou chorando. Todos estavam em choque, os policiais depois afastaram eles dois do corpo e fecharam o local em um raio de 5 km. O campus foi fechado para investigações e todos iríamos voltar pra casa amanhã de tarde. Durante as horas seguintes eu não parei de chorar e continuei exatamente no mesmo lugar onde Cameron me deixou.
- Shawn... Precisamos entrar. - A voz embargada de Nash soou atrás de mim e logo ele agachou ao meu lado. - Não sei nem o que dizer cara... Só posso te dizer que agora precisamos entrar. - Olhei para ele que estava com os olhos, sempre azuis, vermelhos e acizentados. O rosto inchado e a voz rouca entregava que eu não havia sido o único a chorar litros.
- Vamos. - Falei baixou e levantei. Ele me abraçou e nós fomos caminhando. Quando chegamos, entrei no meu quarto, onde todos estavam lá. Um homem de terno estava perto da porta com 5 envelopes na não.
- Shawn Mendes?
- Sim, senhor.
- Essas cartas estão em seu nome. Foram entregues hoje na hora do almoço. - Ele me estendeu as cartas e depois saiu. Abri a primeira e reconheci a caligrafia de Luiza. Voltei a chorar, mas abri a carta. Comecei a ler em silêncio, mas cada vez ficava mais difícil. Quando as lágrimas começaram a embaçar de mais, passei a carta para Aaron.
- Leia você primeiro, não estou conseguindo raciocinar direito.
Ele passou os olhos no papel, depois olhou as outras 4 cartas.
- Tem uma para o Shawn e uma para o Jack G. - Ele nos entregou as cartas separadas. - Essa aqui é para todos nós e essas são para a família. - Aaron apertou os olhos e soluçou. - Acho melhor lermos amanhã. Está tudo muito recente, nenhum de nós está em condições para ler as palavras agora. Precisamos descansar. - Ele falou e todos concordamos. Deitei na minha cama com Nash e o resto se ajeitou boa puf's é nas outras camas.
- Quero falar uma última coisa antes de dormir. - Falei em voz alta. - Não importa o que aconteça a partir de agora, vamos continuar juntos. Vamos nos apoiar uns nos outros. Precisamos nos manter juntos para passar por isso. Eu amo vocês e não quero perder mais ninguém. - Solucei e todos resmungaram em apoio. Dormi em meio a lágrimas e lembranças.

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