Gêmeos do Milênio

11. Conhecendo o desconhecido - parte 3

- Tem certeza que é por aqui? Não tô vendo nada... - Yunet perguntou, tentando enxergar o tal museu de que Arkana havia falado.

- Espero que não tenha mentido para nós... - Husani disse para a pessoa que estava sendo segurada pelo dragão.

O Dragão Serafim foi voando cada vez mais baixo, mesmo correndo o risco de ser visto. Enquanto estavam no ar, Yugi pensou ter ouvido a voz de Atem.

"Atem?" o jovem Muto tentava se conectar com o mesmo "Você ainda está aí?"

"Por enquanto, sim". Atem respondeu "Me deixem aqui por enquanto e vão procurar pela Ishizu. Marik enviou Lumis e Umbra para pegar o Colar do Milênio dela".

"Então Marik está por trás disso?"

"Isso mesmo" o faraó respondeu "mas ainda não sei o que ele planeja. Por favor, encontre-a antes que seja tarde".

"Está bem".

Os dois perderam a conexão e Yugi tratou de chamar os gêmeos para poder explicar a situação. Logo, os três olharam automaticamente para Arkana, sem saber o que fazer com ele. 

- Arkana, não é? - Husani quebrou o silêncio e viu o outro concordando com a cabeça - Para onde Lumis e Umbra foram?

- Como sabem disso?

- Apenas responda à pergunta. 

- Isso eu não posso falar! - Arkana cruzou os braços, cheio de marra.

- Ah é? Que tal se o Dragão Serafim bocejar?

- POR RÁ, NÃO!! 

- Então fale. Minha paciência é curta.

- Eles devem estar por perto do museu da área sul da cidade, Ishizu costuma ficar sempre por lá...

- Yugi, isso por acaso é muito longe de onde estamos? - Yunet perguntou.

- Podemos dizer que sim. - o rapaz respondeu - Vamos fazer o seguinte: vocês me deixam no museu daqui e depois vão atrás da Ishizu. Acho que o dragão pode sentir a energia do Colar do Milênio, certo?

A fera alada assentiu como resposta e não precisou de mais comandos. Desceu até estar à uma distância satisfatória e deixou o jovem Muto escorregar por sua longa cauda como se fosse um tobogã até chegar à calçada.

- Tome cuidado! - os gêmeos gritaram enquanto voltaram para perto das nuvens.

- Vocês também! - Yugi gritou em resposta.

Ele respirou fundo e procurou por alguma entrada, pois o museu estava fechado e chamar a atenção dos guardas não era uma opção. Deu a volta para poder olhar melhor o local e, sem querer, esbarrou em Bakura. 

- Bakura, o que você está fazendo aqui? Por sinal, já faz um tempo desde que você não aparece mais na escola... O que aconteceu?

- Oi Yugi! Eu precisei fazer uma viagem de última hora com a minha família e nem tive tempo de avisar. Cheguei hoje de manhã, mas meu Anel do Milênio foi roubado e recebi um telefonema estranho para vir até aqui.

- Roubaram sua relíquia também?! - Yugi perguntou, surpreso - Aconteceu a mesma coisa com o meu Enigma. E é o Marik quem está por trás disso.

- Isso não me parece coisa boa... Temos que entrar logo.

- Alguma ideia de como vamos fazer isso?

- Por ali. - Bakura apontou para a saída dos funcionários - Consegui pegar as chaves de um vigia que estava dormindo.

Destrancaram a porta e entraram rapidamente. Boa parte da iluminação do museu estava apagada, o que dificultava um pouco a vida dos dois. Não podiam chamar ou fazer qualquer tipo de barulho, pois os outros seguranças podiam ouvir. 

Caminhavam se escondendo atrás das esculturas e das pilastras do lugar até que viram uma porta que parecia suspeita e também era restrita aos funcionários.

- Será que a gente entra lá? - Bakura perguntou.

- Acho que não temos muita escolha...

Estava tão escuro que os meninos sequer enxergaram os degraus e saíram rolando por dois lances de degraus até chegarem ao chão. Por sorte, apenas conseguiram alguns arranhões no processo e nada mais grave.

A luz imediatamente foi acesa, juntamente com a figura  de Marik sendo controlado por sua forma Yami.

- Fico feliz que tenham chegado tão rápido. Assim vão poder assistir tudo de camarote.