Conto 2 - Primeiro dia no mercado

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- Meninos, preciso de um favor. - Solomon disse seus netos chegaram à loja - Podem ir até o mercado? 

- Claro, vovô. - Yugi disse - Do que precisa?

- Mais leite, pães e mais cenouras. Como está frio hoje, pensei em fazer uma sopa. Aqui, peguem o dinheiro e podem ir.

- Não vamos demorar, vovô.

Ambos saíram e foram até o ponto de ônibus mais próximo da loja. Sentados no banco, Atem perguntou:

- Yugi, por que estamos parados aqui? Estamos perdendo tempo...

- O mercado é um pouco longe daqui, a gente vai demorar muito se for andando... Veja, o ônibus já está chegando.

- Ônibus?

- Sim, você vai ver.

Yugi deu sinal para o motorista e o mesmo parou. As passagens foram pagas e, antes que os meninos pudessem chegar aos assentos livres, o ônibus saiu com tudo, pois já estava mais de cinco minutos atrasado. 

- Acho que teria sido melhor a gente ir andando.. - o faraó falou, se levantando com certa dificuldade depois de ter caído.

- Geralmente eles andam mais devagar, vai ver está atrasado. - o outro respondeu, estendendo a mão para ajudar o irmão - Vem, vamos sentar ali perto da porta.

Finalmente se sentaram e ficaram observando a cidade pela janela até chegarem ao supermercado. Por ser final de tarde, o lugar estava lotado e tinha fila para praticamente tudo.

- A gente vai ter que se dividir, senão não vamos sair daqui hoje. - Yugi disse - Atem, você pega os pães e o leite enquanto isso vou pegar as cenouras. Depois a gente se encontra perto dos caixas. Ah, acho que seis pães tá bom.

- Tudo bem.

Só depois que o jovem Muto se afastou é que Atem se lembrou que não fazia ideia de onde ficava a padaria dentro do mercado. Tratou de tentar seguir as placas que estavam penduradas e acabou chegando ao seu destino. Aproveitando que tinha que esperar na fila, pegou duas caixas de leite que estavam na prateleira.

A moça do balcão chamou e o faraó então pediu os seis pães. Assim que pegou tudo, refez o caminho de volta até a direção da entrada, onde ficavam os caixas.

- Yugi! Cadê você?

Era impossível encontrar Yugi naquele mar de gente nas filas. No entanto, não se atreveu a procurar pela sessão dos legumes, pois talvez os dois se desencontrassem. Continuou ali, esperando algum sinal de seu irmão, que não aparecia.

Decidiu então apelar: pegou a carta do Mago Negro do baralho e o invocou para que ele descobrisse onde estava o garoto sumido.

No entanto, essa situação acabou saindo do controle, pois as pessoas começaram a gritar e a correr para fora, assustadas com o mago que apareceu de repente.

- ATEM, CADÊ VOCÊ??? - a voz de Yugi foi ouvida.

- Estou aqui!

O jovem Muto tropeçava nos próprios pés com a cesta com cenouras na mão enquanto corria na direção do outro.

- O que aconteceu? Por que invocou o Mago Negro?

- Eu não te achava em lugar nenhum, aí...

- Não é uma boa ideia fazer isso, sabe? Principalmente num lugar fechado e cheio de gente como esse... Mas enfim, a culpa é minha por ter demorado, é que as cenouras não estavam com uma cara muito boa e tive que ficar escolhendo as melhores... E aí, conseguiu as outras coisas?

- Consegui.

- Então vamos logo para o caixa e ir embora daqui antes que a gente pague mais mico ainda.

- Sinto muito por ter causado toda essa confusão...

- Não se preocupe! Veja pelo lado bom: não tem mais fila e a gente vai poder voltar pra casa logo!

Passaram no caixa rapidamente e então tomaram o primeiro ônibus de volta. Quando chegaram, comentaram sobre o ocorrido com Solomon, que disse em tom brincalhão:

- Essa é uma boa estratégia, me lembrem de levar uma cópia do Mago Negro para diminuir a fila no banco também!

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