VII - apologize.

297 30 14
                                    

Boa leitura!

(1966)
Catherine cansou-se das descobertas daquela noite, então despediu-se da irmã mais velha e foi em direção ao quarto. A garota demorou a pregar no sono, já que um certo alguém não saía de jeito nenhum de sua cabeça. Como ela reagiria quando visse o Taylor novamente? E como ficaria a situação entre aqueles dois?
Com estes pensamentos Cat passou uma verdadeira noite mal dormida.

Logo de manhã, fez suas higienes pessoais e desceu para arrumar a mesa do café. Mas estava atrasada, pois Joyce já estava nos preparativos.

— Bom dia. — disse ela sentando à mesa, servido sua xícara com café.

— Bom dia Cat. — A mãe acaricia os cabelos da filha — Barb já levantou?

— Acho que não, ela deve estar cansada da viagem. — a menina diz tomando um gole de seu café amargo.

— Bom, a hora que ela sentir fome ela sabe onde estão as coisas. — Joyce estava bem-arrumada, parecia ter algo importante para ir.

— Você vai a algum lugar? — a filha perguntou ligeiramente curiosa.

— Tenho que ver algumas coisas pendentes do meu divórcio com seu pai, nada demais. Volto antes do almoço. — ela disse já mudando o tom de voz, Catherine achava que sua mãe iria odiar George para sempre, rancorosa do jeito que era.

— Tudo bem. E acalme-se mãe, as coisas irão se resolver.

— Calma é meu segundo nome! — disse ela meio sádica, e bateu a porta de casa.

Cat achava a mãe hilária.

Logo Joyce abre a porta novamente, colocando apenas a cabeça à mostra.

— Roger está aqui.

Ela sai e desta vez a porta fica entreaberta. Roger Taylor coloca metade do corpo para dentro.

— Posso entrar? — dizia ele com um tom suave, porém levemente receoso.

Cat não lhe dirige a palavra, apenas volta a olhar a xícara de café na sua frente. Automaticamente ela lembra o que Barb havia dito sobre Roger ontem à noite. Ela sente o garoto se aproximando, ele puxa uma cadeira e senta-se ao lado da menina.

— Eu sei que você está brava comigo... Eu não queria ter levantado a voz e falado aquelas coisas pra você. Eu estava nervoso. — ele disse olhando para baixo, brincando com os próprios dedos das mãos.

— Mas você fez Roger. Se veio apenas dizer as coisas que não deveria ter feito então veio em vão.

— Eu vim para te pedir desculpas... — ele tomou coragem e a olhou, colocando a mão por cima da dela.

— Eu não estou agindo como sua mãe Roger, você quem decide o que é melhor pra sua vida. Eu sei que desde que a Eileen te deixou você não quer se manter firme com alguém, e tá tudo bem isso. Mas não iluda quem gosta de ti, porque isso não é nem um pouco justo com as pessoas que você se relaciona.

Cat compreendia que ele tinha medo de se machucar novamente, mas para isso ele não precisava usar e mentir para ninguém.

— Eu vou ficar apenas com Jill de agora em diante. — O Taylor tinha total convicção de que estava agindo errado, além de que tentava transparecer não se importar com isso. Mas era apenas um fachada para um coração medroso  e uma mente turbulenta que sabia o quão babaca ele próprio estava sendo. Era uma promessa de dentro para fora de que ele não iria mais enganar ninguém — Eu vou até mesmo pedir ela em namoro oficialmente.

Mas Roger sabia que nenhuma pessoa tomaria o lugar de Cat em seu coração. Ela já estava lá, carimbada em seu peito, com caneta permanente.
Ele vinha durante um bom tempo tentando esquecer o que nutria por ela, e pensava que ficando distante conseguiria superar a garota, mas estava completamente enganado. Sentia falta de suas maluquices todos os dias, e parecia que quanto mais tentava ignora-la mais a vontade de estar perto aumentava.
Porém ele tinha plena certeza de que seu sentimento não era recíproco. Eles não tinham nada além da grande amizade, ponto final. Então o rapaz decidiu que o melhor a fazer era ir a fundo com Jill, e ver como as coisas iriam funcionar.

C H O I C E S | roger taylor.Onde histórias criam vida. Descubra agora