I- middle sister.

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Boa leitura!
1957

—SAI DO MEU QUARTO AGORA! — Catherine berrava com Gordon, seu irmão mais novo, pela milésima vez, ela odiava tratá-lo assim, mas o garoto não tinha jeito. Ele sempre acharia um jeito de entrar no quarto da irmã sem que ela visse para colocar aqueles dedinhos curiosos em tudo. Dessa vez ele foi pego mexendo nos discos preferidos de Catherine, ele tinha ido longe demais —Eu não acredito no que estou vendo... —A garota sentia suas bochechas pegando fogo de raiva, enquanto o irmãozinho de 5 anos a olhava com olhos apavorados —VOCÊ ME PAGA!

Sem pensar duas vezes ela saltou no irmão, que por sua vez saiu correndo gritando pela mãe.

Catherine desceu as escadas num pulo e quando encontrou o bisbilhoteiro ele estava agarrado na saia longa de Joyce, sua mãe, que a olhou com uma feição desaprovadora.

—Cat... — a menina já esperava de braços cruzados o discurso que teria de escutar — quantos anos você tem?

—9 — disse ela sem ânimo algum.

—E quantos anos seu irmão tem Catherine?

—Se você que pariu ele não sabe como eu vou saber mãe? — se arrependeu do que disse assim que as palavras sairam de sua boca, estava encrencada, era estritamente proibido responder os pais naquela casa —Desculpe.

—Suba para o seu quarto.

Se a menina havia descido as escadas em um pulo, dessa vez ela subiu voando.

Antes de entrar em seu quarto foi parada por Barbara, a irmã mais velha.

—O que aconteceu ThreeC? — a menina sorriu ao ouvir o apelido carinhoso que a irmã a chamava.

ThreeC era apelido para Catherine Cornelia Conell, pelo visto dona Joyce gostava muito da letra C quando deu à luz a sua segunda filha.

—Nada não.

Catherine não queria dar explicações para a irmã mais velha, mesmo que gostasse de sua companhia, realmente achava Barb a melhor irmã do mundo, mas não estava no clima aquele dia, então apenas entrou no quarto antes que a conversa se estendesse. Fechou a porta atrás de si e foi guardar os discos que estavam jogados no carpete.

❁ ❁ ❁

—Avise as crianças que hoje iremos jantar em um amigo da fábrica, ele nos convidou para fazer companhia a ele e sua família — Michael mal terminou a frase e saiu das vistas de Winifred, ele conseguia ser um homem bruto na maioria das vezes, isso assustava muito a mulher.

Roger Taylor tocava alguns tímidos acordes em seu ukulele quando ouviu a mãe bater no batente da porta, chamando sua atenção, ele se encantava como sua mãe estava sempre sorridente.

—Filho, hoje iremos jantar fora, arrume-se. — ela piscou para ele, indo em direção ao quarto da pequena Clare.

—Onde iremos mamãe? — o garoto perguntou indo atrás dela, animado com a notícia, esperava que fosse na casa de um de seus amigos.

—Seu pai me disse que é um colega de trabalho dele.

O ânimo de Roger desandou totalmente, já imaginando o quão chato seria ficar naquele jantar onde os adultos conversavam coisas de adulto, enquanto ele deveria ficar de olho na irmãzinha Clare.

—Vá pro banho Rog! — Winifred falava com o filho enquanto dava pequenas batidinhas em seu bumbum, guiando-o até o banheiro.

C H O I C E S | roger taylor.Onde histórias criam vida. Descubra agora