Boa leitura!
Ponto de vista Roger Taylor.Marcavam 18:36 no meu relógio de pulso, sim, eu estava contando até mesmo os minutos, e sim, eu estava nervoso pra caralho. Por que exatamente? Eu não fazia a menor ideia!
Combinei com a Catherine que estaria na frente da casa dela às 19 horas. Olhei pela centésima vez o endereço que escrevi em um pedaço de papel e peguei meu casaco para ir buscá-la. Em 15 minutos eu estava lá com o carro estacionado, surpreso por não ter me atrasado como sempre acontece. Vi uma luz no andar de cima e uma cortina se fechando, ela estava descendo. Resolvi sair do carro para abrir a porta do passageiro pra ela, esta noite eu decidi ser um legítimo gentleman (mesmo sabendo que passava bem longe disso).
Estava encostado no carro quando Cat apareceu na porta, com uma calça de alfaiataria colorida e blusa de mangas bufantes em um cetim prata, juntamente de um casaco das mesmas cores que a calça, resumindo ela estava um DEMÔNIO de linda, e eu nunca quis tanto ir pro inferno. Tá isso foi esquisito. Estranhamente cada vez que ela dava um passo em minha direção eu sentia meu coração bater mais rápido, eu poderia me mijar de nervoso ali mesmo mas mantive a clássica postura do drummerboy.— Tenho que admitir, jurava que você chegaria atrasado. — ela disse com um sorriso zombeteiro no rosto.
— Pra você ver como as coisas mudaram, amor. — respondi abrindo a porta para que ela pudesse entrar no carro.
— Não comece com essa palhaçada de "amor", Meddows. — ouvi ela dizer já meio irritada, apenas dei uma risadinha e fechei a porta. Eu juro pra vocês que não sou nenhum cafajeste com ela, só faço isso pra tirar sarro da Cat. — Então esse é o seu amor platônico?
Ela disse referindo-se a I'm Love With My Car. Escrevi essa música a um ano atrás e ainda tenho que ouvir piadinhas até hoje, mereço.
— Por acaso vai tirar uma com a minha cara também? Já não bastam Freddie, Deacy e Bri. — falei olhando para a estrada enquanto ela colocava o cinto de segurança.
— Eu gostei da música, Rog. — olhei para ela surpreendido, por essa eu não esperava. — Quer dizer, a única coisa ruim é a letra mesmo. — Não consigo explicar a cara de taxo que eu fiz, mas vocês já devem imaginar.
— Ata, melhorou muito, valeu. — eu disse voltando a olhar para frente enquanto ela ria de mim. — Debochada.
— Obrigada. — senti ela apertar minha bochecha. — Você está adorável hoje.
Estou louco ou Catherine me elogiou?
— Eu estou demais hoje, adorável é aquela senhora ali. — apontei para a velhinha colhendo flores na rua.
— Esse é o primeiro e último elogio que você recebe de mim.
Cat sabe que esse é o meu jeito, por isso ela não dava bola. Obviamente eu não iria deixar de elogiá-la também.
— Ei, Cat. — chamei a atenção dela, que olhava para o céu lá fora. — Você está... Inefável.
— Isso é uma coisa boa?
— É, sim. — eu sabia o que significava, mas deixaria que ela descobrisse sozinha.
— Obrigada, então. — ela sorriu e eu derreti. Mas que droga.
— Posso ligar o rádio? — perguntou ela e eu confirmei, música era uma ótima ideia pra tirar certos pensamentos ridículos da minha mente.
Cat ligou o rádio e lá estava Walk On the Wild Side do Lou Reed. Foi automático, até parece que nós dois combinamos de começarmos a cantar juntos.
She sayes, hey baby, take a walk on the wild side
Said, hey babe, take a walk on the wild side
And the colored girls go,
Doo doo doo doo doo doo doo doo doo...
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C H O I C E S | roger taylor.
FanfictionRoger Taylor e Catherine Conell já tinham uma história juntos. Eles eram inseparáveis na época em que moravam em Truro, onde apesar de ser uma cidade tranquila eles conseguiam arrumar um jeito novo de animar suas vidas adolescentes. Mas nada dura pa...