II - best friends.

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Boa leitura!

—Então, este é o bebê Alexander com 9 meses e meio — começou o pai as apresentações — este é Gordon, meu garotão de 5 anos — o garoto sorriu cheio de si, enquanto Cat revirava os olhos, seu irmão a deixava uma pilha de nervos — esta é a do meio, Catherine, com 9 aninhos — ela levantou a cabeça e sorriu para os convidados, que nem pareceram ligar pelo fato de estar um cascão, exceto pelo menino de olhos azuis e cabelo loiro, que era visível como estava prendendo a risada enquanto olhava a garota de cima a baixo.
Catherine podia ter nove anos, mas nunca teve muita paciência para arrogâncias, então começou a encarar o garoto com as sobrancelhas arqueadas, como se perguntasse 'tem cocô na minha cara?' Bom, realmente parecia, pois já estava seco.

Seria cômico, se não fosse trágico.

—...Minha querida Barbara com 16 anos — continuou George — e não sei se vocês já conheciam mas esta é minha esposa Joyce.

Por fim, George apresentou a esposa e Cat agradeceu internamente por isto ter acabado logo.

—Mas que beleza hein George! Quatro filhos. — Michael dizia enquanto piscava para o homem, ato que Cat não compreendeu — Bom, esta é minha esposa Winifred e nossos filhos: Clare a mais nova com 4 anos e Roger com 8.

Um sorrisinho vitorioso percorreu os lábios de Catherine, então ela era mais velha que aquele coió...

Joyce e George acenaram para os pequenos Taylor e convidaram a família para se reunirem no sofá.

—Crianças, por que não vão brincar em algum lugar? Cat... — a menina virou ao ouvir a mãe chamar, 'sempre sobra pra mim' pensou. — convide Roger e Clare para conhecer a casa, mostre seus discos!

A pequena Clare estava entretida brincando com a boneca que trouxera, já o bebê Alexander estava no chiqueiro mordendo alguma coisa que não deveria, Gordon havia sumido (devidamente suspeito) e Barb acabara de ir na cozinha a pedido da mãe para checar o frango. Sobraram apenas Roger e Cat que estavam olhando desconfiados um para o outro, sem trocar o mínimo de palavras.

Se a noite continuasse assim Catherine tinha certeza de que morreria de tédio, então decidiu dar uma chance ao tal Roger, talvez ele não fosse um arrogante no fim das contas, apenas achou engraçado a garota daquela maneira, e realmente estava.

—Então... Roger né? —ela começou.

—Isso.

—Gosta de ouvir música Roger?

Catherine mal acreditava que estava prestes a convidar um garoto para ver seus discos.

—Depende da música... — Cat o olhava curiosa — Mas no geral gosto sim.

—Você prefere ficar aqui ouvindo essas coisas que nossos pais dizem ou quer subir? — A menina perguntou diretamente, sentiu as bochechas rosarem um pouco.

—Tanto faz. — disse ele dando de ombros, a expressão mansa.

'Menino de poucos palavras esses Roger.' Pensou a garota.

—Tá, você que sabe.

Sem tempo para esperar o garoto se decidir Cat subiu as escadas, mas ele veio logo atrás, antes que Winifred pedisse para ele cuidar de Clare, e também porque gostava de música e eram raras as chances de ver um disco, em sua casa não tinham álbuns.

—O que é isso na sua cara? —ele perguntou genuinamente curioso.

—Meu irmão encheu minha cara com a papinha dele... falando nisso eu vou tomar banho, meu quarto é ali ó — ela apontou para a segunda porta do lado direito do corredor — Tome cuidado com os meus discos ou eu meio que... te arrebento — ela disse totalmente assustadora. Roger engoliu em seco, nem tocaria em nada depois dessa —É brincadeira! — dessa vez ela riu descontraída — Mas tem um pouquinho de verdade.

C H O I C E S | roger taylor.Onde histórias criam vida. Descubra agora