XIX - not even Led Zeppelin can help her.

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Boa leitura!
Ponto de vista Narrador.

Faltava apenas uma semana para o importante desfile em Paris e Catherine antecipadamente já havia reservado suas peças que fariam parte da coleção de Giorgio. Todos os dias ela ficava horas olhando para suas criações, tentando achar um defeito ou outro, e geralmente ela dava mais alguns toques finais. Semanalmente Quant ligava para ela e perguntava se estava tudo certo, dá última vez ele a lembrou de que precisaria de seu passaporte para poder viajar.

Cat estava em êxtase, mesmo faltando uma semana. Imagina só, França? Ela era bem sucedida aqui em Londres e achava que ainda era um sonho distante viajar e mostrar ao mundo seu trabalho. E já dizia Freud: O sonho é a satisfação de que o desejo se realize.
E lá estava ela, a menina inquieta e feliz de Truro realizando seus sonhos e desejos.

E não, ela não falou muito com Roger Taylor desde o jantar na casa de John. Não que eles tivessem se afastado, só estavam muito ocupados. Roger tinha que ensaiar para o grande show em Hyde Park, e Cat estava totalmente focada nos planos do desfile. Ele também não ligara muito para ela durante esse período, não que só os homens devam ligar, longe disso. Cat era quem ligava para ele, toda vez.
Geralmente o Taylor estava ocupado e não podia falar muito, então ela simplesmente cansou.

Por outro lado, Roger estava saindo com Dominique, ela era elegante e muito gentil, ele gostou dela logo de cara. Talvez pela primeira vez em muito tempo foi genuinamente, sem suas malícias de sempre. Depois do loiro insistir Dominique acabou aceitando um jantar com ele, e desde então os dois se encontram meio que escondidos.


Era uma sexta-feira, e Cat estava na casa dos irmãos, desta vez Barb estava junto, então nada de cigarros.

— O que vocês acham? — perguntou Catherine à Barb e Gordon.

— É a milésima vez que você me faz vestir Cat, está ótimo! — Alex falou parado com uma das roupas da irmã.

— Cale a boca e faça uma pose. — disse a garota ignorando totalmente o menino.

Ele prontamente faz uma pose, mãos na cintura e jogando os cabelos negros encaracolados na cara de Cat.

— Me convenceu agora! Uouuu! — gritou Barb para o irmão, que jogava mais os cabelos na cara de Catherine.

— Calma aí Cher! Vai me matar com essa cabeleira. — brincou a estilista, dando um pequeno beliscão no mais novo. — É sério gente! Tudo precisar estar perfeito.

— A gente tá falando sério também! Essas vão ser as melhores roupas do desfile, pronto, dá pra gente jantar agora? — Gordon deu o assunto por encerrado com seu tom duro.

Os três irmãos reviraram os olhos com sua paciência.

— Tá bem, vamos comer. Mas antes tenho uma coisa a dizer. — Cat levantou a mão, receosa com a reação dos três.

— Você tá grávida? — perguntou Gordon rapidamente.

— O quê? Não! — Cat gritou, apavorada.

— Então no caminho você fala, vamos comer.

Derrotada ela decidiu seguir o rabugento.
Eles entraram no carro de Barb, que dirigiu até uma pizzaria.

— Caralho, já posso sentir o cheiro daqui! Que fome. — Alex comentou e os outros concordaram.

Eles entraram na pizzaria e escolheram uma mesa de canto, que dava para a janela. A luz era amarela e aconchegante, e o cheiro era ótimo.

— Quando volta a facul garotos? — perguntou Barb, logo chamando um garçom para fazer os pedidos.

Esse era um assunto delicado para Alex, já que ele ainda não havia contado para irmã que Letras não tinha NADA a ver com ele.

— Depois que voltarmos de Paris. Eu tô muito animado pro segundo semestre! Até fico feliz que férias de faculdade é bem pouco tempo.

— Só de faculdade mesmo, eu lembro que era um inferno pra te fazer acordar cedo em Truro depois de meses sem fazer nada. — comentou Cat enquanto lia o menu.

— Talvez eu acordasse tarde porque ficava toda a madrugada sem dormir ouvindo o seu ronco no quarto do lado! — defendeu-se Gordon.

— Aí meu deus... — Alexander revirou os olhos. Ignorando totalmente a discussão dos irmãos na mesa ele voltou seu olhar à pizzaria, que se encontrava cheia. No palco, tinha uma banda arrumando os últimos detalhes para música ao vivo, mas pareciam um pouco desesperados. Ele conhecia esses caras, era uma banda da faculdade, que por acaso odiavam sua banda, a Éclat.

— Eu vou no banheiro.

Alexander não podia negar que estava curioso para saber o porque de aqueles caras estarem tão agitados, alguma coisa não estava indo bem.
Ele caminhou como quem não queria nada até o banheiro, que ficava perto do palco, mas não conseguiu entender muita coisa.
Quando estava lavando as mãos ele sentiu a presença de alguém chegando. Era Phill, o vocalista. O menino estava prestes a sair do banheiro quando ele ouviu o homem pigarrear.

— Hey. Alexander, não é?

— Hã... Sim. — ele disse um pouco duvidoso. O que Phill queria com ele?

— Olha, eu sei que não somos muito chegados e temos nossas diferenças mas... — começou o vocalista um pouco envergonhado.

— Diga por você. Por mim e pela banda estamos ok. — corrigiu Alex.

— Certo. Escuta Alexander, nós tivemos uma grande oportunidade de fazer um pequeno show aqui hoje, sabe como é banda pequena, alguns covers e tal.

— O começo é difícil mesmo...

— Sim! E por algum motivo, o puto do nosso guitarrista não apareceu. Eu sei que você toca pra caralho na sua banda, e seria uma grande ajuda se você pudesse substituir ele. — ele disse, os olhos fixados em qualquer lugar que não fosse o moreno à sua frente.

— Eu até queria ajudar, mas a minha guitarra tá em casa e...

— Nós trouxemos todo o equipamento antes, é só pegar e fazer rock n roll!

— Ah, que ótimo então! Eu toco pra vocês sim.

— Nossa, cara, valeu mesmo! — Phill aproximou-se de Alex sorrindo.

Talvez o tempo tenha passado mais devagar, o que é pouco provável, mas Alexander sentiu como se fosse mais ou menos isso. Os dois encararam-se antes que um homem barbudo entrasse no banheiro e estragasse o que estava acontecendo ali.

Na mesa, depois de terminarem sua discussão os três irmãos mais velhos estavam bebendo alguns drinks.
Cat já estava nas nuvens, bem alegrinha e mais abobada do que de costume.

As luzes apagaram e o foco ficou na banda, que estava posicionada. Gordon sabia que o irmão gostava era de tocar guitarra e fazer parte de uma banda, não de estudar morfologia em Letras. Mas Barb e Cat foram pegas de surpresa pelo mais novo.

— Como assim o Alex toca guitarra e faz parte de uma banda e nunca me contou? Que tipo de irmã eu sou? — Catherine falou chateada para Gordon, que bebia seu martini.

— E como você acha que eu me sinto? — indagou Barb, boquiaberta.

— Na verdade essa não é a banda dele, deve estar fazendo algum favor. A banda dele é bem melhor. — disse Gordon sorridente e franco.

Os acordes de Starway to Heaven começaram, e uma energia boa do palco começou a se esvair pelo lugar.

Mas logo foram quebradas, pelo menos para Cat.
Destino ou não, lá estava Roger Taylor entrando pizzaria à dentro, acompanhado de uma linda moça de cabelos negros. Mesa para dois, e uma flor na mão dela.

Nem mesmo Led Zeppelin poderia confortar Cat naquele momento.

N/A:
Eu sei, eu sumi!! Kkkkkk oii gente! Como vocês estão? Espero que não tenham me abandonado! Desculpa mesmo ter sumido, eu passei por um momento de falta de criatividade, tentava escrever mas nada parecia bom. Além dos vários trabalhos que me mandam e eu preciso fazer, andava bem desanimada.
Mas agora prometo recompensar e seguir com tudo a fic! Fiquem bem, beijos.

Até breve!🌹

C H O I C E S | roger taylor.Onde histórias criam vida. Descubra agora