Boa leitura!
(1966)
— O que você está fazendo aqui George? Achei que já tivéssemos resolvido tudo hoje de manhã. — havia um tom de irritação na voz de Joyce. A mulher jurava que quanto menos visse o ex-marido melhor seria para ela.
— Eu sei disso... Mas faz tempo que não vejo as crianças, são meus filhos também.
— Já ficou esclarecido que eles irão até você aos domingos e quintas-feiras.
— Só passei rápido para ver como eles estão Joyce! — O homem exclamou, faziam mais de duas semanas que ele não via seus filhos.
Enquanto isso os quatro irmãos apenas observavam a discussão quietos, apesar de fazer praticamente um ano desde que as coisas ficaram tensas na relação de Joyce e George ninguém havia superado o fato do pai ter outra família.
— Mãe... — chamou Catherine — tá tudo bem... — ela tocou o braço da mãe, que entendeu o que a filha queria dizer. Acalmou-se e olhou novamente para George — Eu vou subir para o meu quarto, da próxima vez avise que venha visitar-nos, por favor.
O homem assentiu, enquanto via sua ex-mulher subir as escadas.
— Espero que um dia vocês quatro consigam me perdoar. Sua mãe eu sei que não vai conseguir. — disse ele olhando para cada um à sua frente.
— Não pode culpa-la, pai.— Barb pronunciou-se, ainda que não estivesse em Truro quando foi descoberto da segunda vida que George vivia escondido ela sentiu a mesma dor que os outros quando recebeu a informação pelo telefone.
— Você foi um babaca com a mamãe. — disse Gordon olhando para baixo, uma lágrima escorrendo no canto do rosto. Cat nunca o vira daquela maneira.
— A vida quando se é adulto se torna difícil Gordon, um dia você vai entender.
— Nunca vou entender! Barbara é adulta e tenho certeza de que nunca faria esse tipo de coisa, ela mesma não entende o por quê de você ter escolhido agir dessa maneira — O garoto de 14 anos despejava tudo o que estava guardado dentro de si, enquanto todos o olhavam. Ele sabia que estava sempre aprontando e não era fácil de lidar, mas tinha muito mais que isso em sua essência. Até mesmo Cat sabia quanto o irmão era inteligente. — Então não venha me dizer que quando eu for adulto vou entender, não tem nada a ver com idade, e sim com caráter, pai.
Cat sentiu seus olhos marejarem, não imaginava o quanto Gordon poderia ser maduro quando quisesse, para ela o garoto não levava a sério o que havia acontecido, mas estava completamente enganada. Ele teria essa aparência de pirralho brincalhão mesmo no auge da adolescência apenas para não verem o quanto sofria.
Os olhares voltaram-se ao pai, que estava aterrorizado pelo fato do filho ter sido tão sincero. Mas no fundo ele sabia que merecia essa revolta.
— Sei que não vai mudar o que fiz, mas quero pedir desculpas por tudo, sei que não está sendo nada fácil pra vocês, muito menos para sua mãe — A voz embargada era facilmente reconhecida, mas George mantinha-se firme. — Quando estiverem prontos para falar comigo novamente, estarei esperando. Ah, seja bem vinda Barb.
Assim ele deu um pequeno sorriso carregado de tristeza e saiu do campo de visão dos quatro. Igualmente tristes.
❁ ❁ ❁
Todos na casa estavam entristecidos demais para voltarem à cozinha e terminarem o almoço. Barb foi ao quarto de Joyce consola-la juntamente de Alexander (que era provavelmente o mais apegado a mãe, desde sempre). Gordon foi diretamente para seu cômodo, batendo a porta com força, tamanha frustração que sentia.
Já Cat estava sentada no sofá, pensando em como a vida da família mudou em tão pouco tempo. Estava ressentida em deixar a mãe e os irmãos sozinhos quando fosse embora. A garota estava pensando até mesmo em desistir de ir para Londres e ficar em casa por mais um tempo, sentia que precisavam dela mais do que nunca.
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C H O I C E S | roger taylor.
FanficRoger Taylor e Catherine Conell já tinham uma história juntos. Eles eram inseparáveis na época em que moravam em Truro, onde apesar de ser uma cidade tranquila eles conseguiam arrumar um jeito novo de animar suas vidas adolescentes. Mas nada dura pa...