Capítulo 8

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A maneira na qual os altivos homens se livraram do corpo foi uma cena de partir o coração. Vendo tamanha crueldade humana, sinto-me até um pouco aliviado por nunca ter saído de minha gaiola.

Uma forte onda de ventos fizeram com que meu capuz caísse e em poucos segundos já o coloco no lugar novamente, sentindo um calafrio na espinha com a possibilidade de alguém ter visto a deformidade de minha face.

Sinto um aperto em meu peito com esse receio e me assombro pelo fato de uma aberração como eu ter me dado ao luxo de ver o exterior de minha prisão, puxando o braço de minha irmã querendo voltar.

— Irmão? Por que está me puxando? — ela me segue sem entender muito.

Depois de alguns passos a mais, voltamos ao ponto de partida e eu tiro a capa, jogando as luvas por onde andava. Não precisou muito tempo até que Philippe entrasse no local ofegante.

— Os procurei por toda parte — fala obviamente cansado, se apoiando em uma poltrona.

— Eu queria mostrar pro irmão a cidade — a pequena faz um biquinho e eu suspiro enquanto Philippe aperta suas bochechas.


— Era só me dizer que eu preparava as coisas para nós três sairmos…

Ela dá pulinhos de felicidade e ele aperta as têmporas. Eu nunca compreendi como um homem de vinte e dois anos e uma garotinha de treze poderiam se dar tão bem. A relação dos dois era confusa demais para meu conhecimento limitado de relações humanas. Amigos? Irmãos de consideração? Conhecidos? Em real, não importava. Eles são meu ponto de apoio, então, não devo meter-me em suas vidas ou as atrapalhar mais do que já atrapalhei.

O Príncipe Cruel {Concluído}Onde histórias criam vida. Descubra agora