Último capítulo

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No dia seguinte acordei na cama de Angel e nos preparamos juntos. Hoje seria um dia muito importante na história de Naftaly. O dia em que um reinado se finalizaria e um novo iniciaria.

Em exatas oito horas da manhã, nos encontramos com nossos amigos.

Santiana que manteve seu título como princesa, veio acompanhada de Philippe que com minha subida ao trono continuou sendo meu braço direito, subindo ao título de grão-duque. Oliver, o que me ensinou toda etiqueta e tradições em minha ignorância acabou sendo nomeado primeiro ministro. Já Matteo pediu o título de mordomo do palácio, que o permitia exercer poder sobre todos os empregados e assim foi feito. Andrew por sua vez cobiçou a patente de chefe da guarda real e obviamente esse papel caiu feito uma luva na mão do ex-mercenário e o palácio acabou dominado pelos meus homens de confiança.

Com a execução da antiga monarquia, o povo se reunia em multidões para ver tal cena, alguns satisfeitos e outros indignados.

Ambos estavam amordaçados para não encher os ouvidos de outrem com lamúrias. Primeiro o rei é levado até a guilhotina, inexpressivo como sempre, sua cabeça é posicionada e antes que eu pudesse piscar ela acaba rolando fazendo muito sangue jorrar. Depois a rainha é jogada para lá, onde se debate um pouco até que sua cabeça também já não faça mais parte de seu corpo.

Os guardas recolhem os corpos e as cabeças, e Oliver, meu ministro, escolhe o momento perfeito para que eu possa falar.

— Em nome da família real eu peço perdão pelo péssimo governo de minha geração anterior — faço uma reverência o que surpreende o povo pela imagem de um rei se curvando diante dos "comuns". — Governarei me baseando em suas necessidades e trarei glória a Naftaly, só peço que confiem em mim.

— Viva ao príncipe cruel! — ouvimos alguém gritar no meio da multidão e isto foi seguido de vários gritos em coro repetitivos. — Viva!

— Sou Cruel? — falo baixinho para meus amigos e eles acabam rindo de mim.

— Você mandou matar seu próprio pai a sangue frio, além das outras centenas pessoas que você assassinou nestes cinco anos. — Philippe finge pensar por alguns segundos. — Acho que isso se enquadra na ficha de uma pessoa levemente cruel — ele fala e ri, se abraçando com Santa.

— Que calúnia — resmungo e todos caem na gargalhada.

O Príncipe Cruel {Concluído}Onde histórias criam vida. Descubra agora