Lágrimas

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Kakashi Hatake

Peguei o telefone e liguei no celular do Uchiha, depois de cinco ligações atendeu.

- Alô?

- Sou eu Hatake, queria avisar que Mai está aqui comigo - Falei grosso.

- Como ela está? - Perguntou, mas parece distante.

- Péssima, precisamos conversar sobre umas coisa que a Sakura que me falou.

- Agora não é uma boa hora...

- É uma boa hora sim, você precisa saber mais que ninguém - Suspirou.

- Vamos nos encontrar.

- Ok, ela vai passar a noite aqui comigo - Desliguei o celular.

Revirei os olhos, encontrei outro número na agenda e liguei, no quarto toque uma voz chorosa atendeu.

- Alô?

- Hinata?

- Kakashi - Ouvi um soluço.

- Queria avisar que a Mai está aqui em casa - A linha ficou muda.

- C-como ela está?

- Péssima, não para de chamar por você - Outro soluço.

- Vou pedir para a Hana me levar até ai, não posso deixá-la sozinha, também preciso dela, obrigada por avisar Kakashi - Sua voz está rouca.

- Não a de quê.

Desliguei.

Sentei no sofá, consegui ouvir os soluços da Mai daqui, isso está me perturbando.

Sei que deveria ter dado o benefício da dúvida a ela, ou ter pelo menos ouvido sua versão da história, mas já fui traído uma vez e não quero repetir a história, sou apaixonado pelo Sakura a onze anos, já tive alguns casos, só que dessa vez eu acreditei que daria certo. Queria acreditar na sua inocência, ou que isso tudo é apenas um pesadelo, só que sei que a verdade, é o choro de uma garotinha de onze anos que me faz ter a certeza disso.

Pensar que ela é minha filha, chega a ser perturbador, não sei como agir ou o que fazer, mesmo que tenha sido presente na vida dela, ela é minha, quantas vezes não quis ouvir ela me chamar de pai e agora, nem sei mais o que pensar 

Queria apenas poder beber e esquecer, resolver essa situação somente amanhã.

Levantei do sofá e bati na porta.

- Mai? Quer comer algo? Não pode ficar assim para sempre - Falei.

- Não obrigada Kakashi - Suspirei.

- Sei que a situação com sua mãe é complicada, mas não pode deixar de comer por isso, como vai gritar com ela, se estiver de barriga vazia? - Os soluços pararam, esperei sua resposta.

- Tudo bem, mas não vou sair do quarto -Já é um começo.

- Serviço de quarto em alguns minutos - Pedi comida, não estou nem um pouco a fim de cozinhar.

A campainha tocou, abri a porta, Hinata está com os olhos vermelhos e nariz inchado.

- Oi - Dei passagem para ela entrar.

- Obrigada por cuidar dela, onde está? - Perguntou com a voz rouca, apontei para o quarto, foi em direção a porta e bateu.

- Mai amor? Sou eu a mamãe Hinata - Sua voz saiu fraca - Só quero conversar - A porta se abriu, a pequena correu para os braços da mãe que se ajoelhou para recebe-la.

Entrelaçados - Sasuhina Livro 2Onde histórias criam vida. Descubra agora